Para Ilan Cuperstein, vice-diretor regional da rede global de cidades C40, as organizações e a sociedade precisam trabalhar pela adoção de ações para mitigar os impactos da crise climática
Faltando apenas dois dias para o final de 2020, a Prefeitura de Salvador apresentou seu Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima (PMAMC) à imprensa. Em todas as 14 metas de mitigação e 11 de adaptação, o impacto climático foi pensado e incorporado by design desde a gestação. “Salvador foi uma das primeiras cidades a dar um benefício fiscal para qualquer empreendimento que tenha energia solar – é o IPTU Amarelo e o IPTU Verde”, diz Ilan Cuperstein, vice-diretor regional da C40 para a América Latina.
“A ação climática não é algo que diz respeito a um setor. É um plano que tem que ser uma lente para a cidade porque tudo o que a cidade fizer vai ter um impacto climático. Tudo, absolutamente tudo o que uma cidade queira fazer vai ter um impacto climático”, reforça.
O grupo C40 engloba 98 grandes cidades no mundo comprometidas com a neutralidade das emissões de gases de efeito estufa, como previsto no Acordo de Paris. Quatro cidades brasileiras aderiram: Curitiba, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Os signatários desenvolveram estratégias para a mitigação dos impactos climáticos e lançaram seus planos de ação climática, que preveem não apenas ações, mas todo um desenho em que as políticas públicas consideram o efeito direto e indireto na cidade. Salvador, Curitiba e Rio de Janeiro já apresentaram seus planos. Assim como aconteceu em outras cidades, o C40 ofereceu apoio técnico para a estruturação dos planos de ação climática nas quatro capitais brasileiras.
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