s
Muito mais trabalhadores estão optando pela suspensão não remunerada. Mas quanto este intervalo prolongado funciona para sua saúde e sua carreira? - FOTO: Banco de Imagem/Freerange
CARREIRA

Em caso de crise, acione um sabático

Como se não bastasse a instabilidade econômica e o temor pela adoção das novas tecnologias de produção, as corporações se deparam com uma chuva de meteoros na área de Recursos Humanos. Semana de quatro dias, período sabático, rotatividade. Como crescer num cenário assim?

Por Rosane Serro 01/03/2023

Burnout. Carreira estagnada. Perda de foco e de estímulo. Nos últimos anos, acredite, a solução para a superação destes obstáculos à plena vida profissional tem sido o período sabático, segundo pesquisa da Harvard Business ReviewA publicação apurou que o número de licenças concedidas pelas corporações cresceu exponencialmente. E quando elas não o são, muito mais trabalhadores estão optando pela suspensão não remunerada. Mas quanto este intervalo prolongado funciona para sua saúde e sua carreira?

Há pelo menos 10 anos o World Economic Forum discute o tema. Em artigo de André Chakhoyan, Chefe de Estratégia de Conteúdo de Políticas Públicas da Booking.com, lembra como o período sabático pode ser uma peça importante no puzzle envolvendo as estratégias para motivar funcionários, estimular a coexistência entre veteranos e “Gen Xers” e ainda ter vantagens na competição por novos talentos. A pesquisa da HBR mapeou três tipos específicos de pausa:

  1. O Feriado do Trabalho — Este sabático resgata uma paixão deixada de lado (escrever um livro, participar de uma ação social), serve para despressurizar e reforça a autoconfiançaA maioria dos profissionais volta à sua ocupação inicial estimulados e com nova perspectiva;
  2. Os Mergulhos grátis — Aqui se enquadram os viajantes e aventureiros. “É agora ou nunca” é a justificativa mais pronunciada em qualquer língua. São pausas curativas e de descanso para o profissional e de risco para as empresas. Os aventureiros não costumam voltar. Eles abraçam uma vida mais autêntica e perseguem novos projetos que se encaixem em seus talentos e valores;
  3. O das Perguntas difíceis — O terceiro grupo é o mais difícil: afastados do trabalho por culturas organizacionais tóxicas. Exaustos e esgotados, estes profissionais usam o período sabático como último recurso de sobrevivência na corporação.

A pesquisa da Harvard Business Review aponta as reações mais comuns na volta desta longa pausa e ainda coloca as ponderações que todo profissional se deve fazer para construir o sabático adequado à sua realidade. Ela também sugere às empresas o poder dos sabáticos para estabelecer uma relação win-win e promover talentos. Mas alerta: “sabáticos geram sabáticos.” A experiência de um profissional sempre inspirará outro.

Este é um conteúdo exclusivo para assinantes.

Cadastre-se grátis para ler agora
e acesse 5 conteúdos por mês.

É assinante ou já tem senha? Faça login. Já recebe a newsletter? Ative seu acesso.

Bem-estar: o CEO pensa uma coisa, os funcionários outra. E agora?

Liderança

Bem-estar: o CEO pensa uma coisa, os funcionários outra. E agora?

Um estudo mostra que, muitas vezes, o CEO acha que está tudo bem, quando não está

Medo de burnout? O segredo está nas nanotransições

Gestão

Medo de burnout? O segredo está nas nanotransições

As nanotransições sempre existiram, mas eram vistas como contraproducentes na maioria dos escritórios

Por Soraia Yoshida
Produtividade tóxica: um chamado para reflexão

Aprendizagem hackeada

Produtividade tóxica: um chamado para reflexão

Um dos grandes diferenciais das empresas do futuro é o espaço social que elas criam para a colaboração, aprendizagem e encontros que geram ideias e negócios