O câncer de mama é o câncer mais diagnosticado entre mulheres em 140 dos 184 países do mundo. No Brasil, ele já representa 30% dos casos de câncer entre mulheres. E sua mortalidade decresce na medida em que é diagnosticado mais cedo. Pois a doença ganhou um inimigo digital poderoso: a Google. Um estudo publicado na semana passada pela DeepMind, subsidiária da Google Health e Alphabet, mostra que a companhia fez avanços impressionantes no rastreamento do câncer usando a IA.
A Google afirma que seu sistema de IA superou os radiologistas no diagnóstico por mamografias. O trabalho juntou pesquisadores clínicos do Reino Unido e dos EUA e usou mais de 90.000 mamografias não identificadas, além de mamografias de 25.856 mulheres britânicas e 3.097 mulheres americanas, comparando as previsões do modelo de IA com os casos reais de câncer de mama comprovados por biópsia.
O resultado: o sistema de IA reduziu falsos positivos em 5,7% e falsos negativos em 9,4% para pacientes nos EUA. Segundo a American Cancer Society, uma em cada cinco mamografias não encontra câncer de mama (falso negativo). E cerca de metade de todas as mulheres que fazem mamografias anuais receberão um resultado falso positivo ao longo de um período de 10 anos. Os resultados foram publicados na revista Nature na quarta-feira.
Se de fato os modelos de triagem da IA puderem aumentar a precisão da detecção do câncer de mama, isso poderá melhorar os resultados da assistência médica e salvar vidas. Mas a ideia da Google não é trocar radiologistas e diagnosticadores pela IA, e sim usar o rastreamento digital como uma segunda opinião, complementando o trabalho humano.
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