Já valia muito no período pré-pandemia, mas com a expansão do trabalho híbrido e outras formas remotas, o superpoder que pode fazer a diferença para as lideranças é o poder relacional. Estamos falando da capacidade de um indivíduo exercer influência sobre os outros, sem necessariamente ocupar um cargo hierárquico superior. É ter a influência, sem contar com o poder hierárquico.
O poder relacional pode ser exercido de baixo para cima por um executivo mais junior que tem um bom relacionamento e se faz ouvir por executivos sêniores ao sugerir uma nova iniciativa interdepartamental. Pode estar também em uma pessoa que, mesmo não sento líder do projeto, consegue motivar os demais integrantes a buscar as melhores soluções. Ou alguém que conta com respeito dos colegas para incentivar comportamentos positivos.
Em um contexto virtual, o poder relacional é ainda mais importante para a construção da coesão nas equipes de trabalho, aponta este estudo publicado no Sloan Management Review. Os pesquisadores observaram que as condições para o exercício do poder relacional são criadas quando dois fatores estão alinhados: a fluência tecnológica de um indivíduo e sua aptidão social em um ambiente tecnológico.
- Fluência em tecnologia. Profissionais com experiência em navegar nas plataformas de mensagens baseadas em texto – Slack, Google+, Teams, Huddle etc – geralmente sabem o que a tecnologia permite ou não fazer. Aproveitando seu conhecimento, essas pessoas podem introduzir melhorias de produtividade. Dar dicas sobre como compartilhar vários arquivos ou conectar aplicativos úteis faz com que os colegas respeitem seus inputs e possam se desenvolver mais com ferramentas digitais. Se uma nova tecnologia ainda não está integrada com os sistemas legados, um profissional experiente pode ajudar a contornar desafios e compartilhar essas informações com colegas, construindo assim poder relacional, indica o estudo.
- Aptidão social em um ambiente de tecnologia. Para alguns colaboradores, a comunicação em plataformas de tecnologia vem naturalmente em virtude de sua familiaridade com mensagens online. “Eles entendem como criar uma extensão de si mesmos neste formato e estão cientes de que ser capaz de influenciar os outros com sucesso requer uma comunicação calorosa”, apontam os pesquisadores. Ou seja, essas pessoas desenvolveram habilidades para enviar “vibrações positivas” nessas plataformas sem desrespeitar a netiqueta. Sem essas habilidades, as pessoas precisam se esforçar mais para alcançar resultados parecidos. O uso de emojis ou GIFs é um bom exemplo de influência relacional: podem acentuar mensagens e melhorar a comunicação. Saber usar bem emojis bem dá ao indivíduo capital social na rede da empresa, fazendo com que os colegas os procuram para conselhos, sugestões e até questões de liderança.
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