Esta semana, o mundo testemunhou momentos simbólicos de convergência entre Ciência pura e ambição tecnológica: três prêmios Nobel foram anunciados, com uma mensagem em comum: Ciência e estratégia empresarial tornaram-se indissociáveis.
Na Física, John Clarke, Michel Devoret e John Martinis foram reconhecidos “pela descoberta do tunelamento quântico macroscópico e da quantização de energia em um circuito elétrico”. Seus experimentos com junções de Josephson, nos anos 1980, provaram que efeitos quânticos — antes restritos ao mundo invisível dos átomos — também podem ocorrer em circuitos do tamanho da palma da mão. Essa prova de conceito deu origem aos chips supercondutores que sustentam hoje a corrida pela computação e pelos sensores quânticos, tecnologias com potencial de revolucionar segurança de dados, metrologia e exploração espacial. Como resumiu o físico brasileiro José Rafael Bordin: “Esse Nobel mostra que a física quântica saiu do mundo invisível e entrou no das tecnologias do dia a dia.”
Na Química, Omar Yaghi, Susumu Kitagawa e Richard Robson se destacaram por transformar a matéria em arquitetura programável. Seus metal-organic frameworks (MOFs) são estruturas cristalinas com cavidades que podem absorver, liberar e modificar moléculas específicas. São, literalmente, “bolsos gigantes” de escala molecular: alguns gramas de MOF-5 contêm uma área interna equivalente a um campo de futebol. O comitê do Nobel destacou seu potencial para capturar CO₂, gerar água no deserto, decompor gases tóxicos e purificar PFAS — aplicações que hoje avançam em pilotos industriais nas áreas de energia, semicondutores e sustentabilidade. Nas palavras do presidente do comitê, Heiner Linke, “essas construções oferecem oportunidades antes inimagináveis para criar materiais feitos sob medida com novas funções.”
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