A simulação por IA com agentes autônomos é uma tendência real e em crescimento. E já começa a revolucionar a tomada de decisões, fornecendo insights em tempo real sobre o comportamento do consumidor. Empresas líderes já testam e implementam; muitas continuam em piloto. Podemos dizer que a simulação por IA com agentes autônomos está para a tomada de decisão hoje como o Machine Learning estava em 2015: em aceleração, com alta expectativa e primeiros resultados sólidos, mas difícil de implementar.
Em sua essência, a simulação por IA refere-se ao uso de algoritmos e modelos de IA para replicar o comportamento de sistemas, ambientes ou entidades em um ambiente digital controlado. Ao contrário das simulações tradicionais, que se baseiam puramente em modelos matemáticos e regras predeterminadas, as simulações de IA utilizam aprendizado de máquina, redes neurais e outras técnicas de IA para criar modelos mais dinâmicos, adaptáveis e realistas.
Assim chegamos às simulações por IA baseadas em agentes sintéticos autônomos que pensam, decidem e agem como indivíduos, grupos ou entidades. Elas permitem que lideranças de negócio testem possibilidades, prevejam resultados e reimaginem o futuro, antes que ele aconteça, modelando padrões comportamentais, preferências e compensações em populações sintéticas.
Entre as vantagens estão a possibilidade de:
Embora não garantam o que as pessoas farão, as simulações baseadas em agentes fornecem uma visão mais estruturada de como as pessoas provavelmente agirão em novos cenários, fomentando o brainstorming e inovação, simulando resultados de diferentes estratégias para a empresa.
Não por acaso, os setores que mais vêm experimentando simulação com agentes autônomos em 2025 são saúde, varejo, logística e transporte e finanças.
Varejo
Saúde
Finanças
Indústria e manufatura
Logística e transporte
Setor de energia
Recentemente, a EY decidiu realizar um teste pioneiro de validação do valor estratégico da simulação por IA baseada em agentes. A empresa desafiou a startup Aaru a recriar o seu “Relatório de Pesquisa Global de Riqueza”, de 2025 , uma das iniciativas de pesquisa mais abrangentes do setor, que abrange 3.600 investidores de alta renda em mais de 30 mercados.
O trabalho de campo tradicional costuma levar seis meses. Em um dia, apenas, os resultados da pesquisa simulada apresentaram uma correlação de mais de 90% com a pesquisa real — um parâmetro impressionante para qualquer modelo preditivo.
Mais importante ainda, nas áreas onde as previsões da Aaru divergiram das respostas da pesquisa, a simulação de IA se mostrou mais precisa na previsão do comportamento no mundo real. Conforme explicaram analistas da EY:
“A ciência comportamental demonstra que as pessoas exibem vieses sistemáticos ao prever seu próprio comportamento em cenários hipotéticos. É sabido que, em estudos de mercado, os respondentes tendem a fornecer respostas socialmente mais aceitáveis em vez de suas opiniões verdadeiras, um fenômeno conhecido como viés de desejabilidade social. Fatores como fadiga, falta de atenção ou a intenção de agradar o pesquisador podem levar a distorções.”
A pesquisa tradicional capturou o que os investidores disseram que fariam (intenções declaradas). A simulação modelou o que eles provavelmente fariam (comportamento real), eliminando:
A modelagem comportamental por simulação de IA elimina esses vieses, acelera a pesquisa e fornece insights superiores ao modelar o comportamento real em vez de intenções declaradas. Insights esses que permitem aos gestores de patrimônio:
Mas há desafios. Entre eles:
Outra evidência recente confirma o salto de desempenho. Um estudo de 2025, “Scalable, Symbiotic, AI and Non-AI Agent-Based Parallel Discrete Event Simulations”, mostrou que a integração de agentes inteligentes e não inteligentes em simulações paralelas elevou a acurácia média para cerca de 68%, frente a menos de 23% obtidos por modelos tradicionais.
A pesquisa demonstra que, ao combinar algoritmos de aprendizado com agentes autônomos, as simulações tornam-se mais realistas e escaláveis, superando a limitação dos modelos determinísticos. Isso valida o uso de agentes de IA como núcleo ativo de simulações empresariais.
A comparação com as abordagens tradicionais é gritante. A tomada de decisões do século XX baseia-se em dados históricos para extrapolar tendências. A simulação por IA oferece uma alternativa para o século XXI: criar mercados digitais, testar cenários e observar os resultados antes de tomar qualquer decisão.
Não se trata de uma melhoria incremental. É uma transformação fundamental na forma como as organizações tomam decisões.
A adoção de simulações baseadas em agentes é uma mudança estratégica que impacta governança, infraestrutura e processos decisórios. Para que essa transformação gere valor real, as lideranças precisam considerar aspectos críticos de implementação e gestão. Entre eles:
IA Soberana sai dos gabinetes de governo e entra no coração da estratégia corporativa, redefinindo quem controla dados, energia e vantagem competitiva.
Simulações baseadas em agentes autônomos estão acelerando decisões de negócios — e já superam pesquisas tradicionais em precisão e tempo. Mas há desafios para o uso em escala.
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