Dos três pilares que compõem o ESG, a governança (G) é a mais relevante, por ser a que suporta e norteia as sustentabilidades ambiental (E) e social (S). Uma boa notícia é que ela está amadurecendo, com muitas empresas mostrando um elogiável grau de progresso em relação a esse tema. Porém, isso não quer dizer que os desafios estão todos solucionados ou que seu potencial está plenamente realizado.
O passo que deve ser priorizado é justamente um dos mais difíceis: garantir que a governança fomente uma cultura mais eficiente e eficaz. Isso não é simples justamente porque a cultura é algo arraigado ao DNA da empresa. Transformá-la é um processo inevitavelmente lento ou conflituoso, mas que precisa ser feito sempre que a visão de futuro indicar que algo mais interessante e mais nobre pode ser alcançado. Claro, é possível crescer sem governança, mas o custo disso pode ser alto, em termos materiais e imateriais.
Ter maior exposição ao mercado — ou seja, não ficar “confinado” na própria empresa — costuma ser uma boa oportunidade para mudar a cultura no sentido positivo, e, em uma situação dessas, a governança consegue criar um ambiente para discutir de forma mais aberta, e com menos restrições, as ideias que deram certo e as que não. Dessa discussão nascem os insights, argumentos e práticas que acabam por realizar uma transformação cultural.
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