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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Reconhecimento facial vai contra a privacidade e a individualidade

Projeto interativo How Normal Am I discute os problemas de usar Inteligência Artificial para determinar padrões sociais com base na aparência

How Normal Am I (ou Quão Normal Eu Sou, em tradução livre) é uma experiência de vídeo interativa que, à primeira vista, parece usar Inteligência Artificial aplicada ao reconhecimento facial para definir em que medida o usuário tem aparência e comportamento dentro dos padrões sociais. No entanto, ao adentrar à experiência, nota-se que é, na verdade, uma criativa reprovação de como o reconhecimento facial está sendo usado na sociedade. 

O projeto foi desenvolvido pelo crítico de tecnologia e designer de privacidade Tijmen Schep. Enquanto o software analisa o rosto do usuário, Schep apresenta diversos casos de uso de reconhecimento facial por empresas que são prejudiciais à privacidade e à individualidade. “Os perfis digitais não são apenas usados para criar anúncios melhores”, explica. “É preciso defender o direito de ser diferente, de ser imperfeito. Temos que ter muito cuidado ao aplicar reconhecimento facial”. 

O especialista destaca que, hoje, os algoritmos apresentam falhas e vieses, mas são usados no mercado por falta de “alternativas melhores”. O TikTok, por exemplo, usa “pontuações de beleza” para destacar pessoas mais atraentes segundo o padrão dos dados. A previsão do Índice de Massa Corporal, a partir de apenas uma foto, já é usada no setor de seguro saúde para precificação. 

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