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Crédito: Gerd Altmann/Pixabay
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

IoT: empresas investem agora de olho no retorno amanhã

Na pesquisa, 31% dos entrevistados apontaram que usam gêmeos digitais para melhorar a segurança de seus funcionários ou clientes

Uma boa e uma má notícia no front de Internet das Coisas (IoT). Primeiro, a má notícia: 35% das empresas reduziram seus investimentos em IoT logo após a implementação de medidas de isolamento social. E agora a boa notícia: 47% das organizações vão aumentar seus investimentos em IoT, apesar da pandemia (ou até por causa dela), segundo estudo do Gartner.

Segunda boa notícia: até 2023, um terço das companhias de médio e grande porte que implementaram IoT também terão pelo menos um projeto envolvendo Inteligência Artificial (IA) implementado como parte de uma solução para desafios gerados pela Covid-19.

O levantamento Covid-19 Use Cases Are Driving IoT Adoption, Powered by Innovations Like AI and Digital Twins indica que a pandemia também impulsionou o uso de IA para aplicação de medidas de segurança – e maneira bem pragmática, segundo as empresas. O levantamento foi realizado de junho a julho de 2020, com 402 entrevistados nos EUA, Reino Unido, Alemanha, Austrália, Cingapura e Índia.

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Das companhias entrevistadas, 25% estão favorecendo a automação, por meio de acesso remoto e procedimentos zero-touch. Já 23% adotaram medidas de automação seguras, com monitoramento de áreas de trabalho com alto tráfego, caso de fábricas e restaurantes, em que a IA faz uma análise do feed de vídeo para determinar se as normas de distanciamento social e de higiene estão sendo cumpridas.

Na pesquisa, 31% dos entrevistados apontaram que usam gêmeos digitais para melhorar a segurança de seus funcionários ou clientes. Essa tecnologia tem sido usada para monitoramento remoto, reduzindo a frequência do monitoramento pessoal. É o que vem acontecendo com pacientes de hospitais e operações de mineração.

Pelo menos 27% das empresas planejam usar gêmeos digitais como equipamentos autônomos, robôs ou veículos. “Os gêmeos digitais podem ajudar as empresas a reconhecer falhas de equipamentos antes que interrompam a produção, permitindo que os reparos sejam feitos mais cedo ou com menor custo”, diz Lheureux. “Ou uma empresa pode usar gêmeos digitais para programar automaticamente o reparo de várias peças do equipamento de forma a minimizar o impacto nas operações”.

Em outro estudo que trazia previsões estratégicas, o Gartner já havia apontado que projetos envolvendo Gêmeos Digitais e IoT estariam em crescimento nos próximos cinco anos. E pela simples razão que o aumento na capacidade de IoT, Gêmeos Digitais e Realidades Virtual e Aumentada (VR/AR) tornarão a oferta de experiência imersiva mais atraente e acessível para os consumidores.

O novo estudo do Gartner indica uma razão para o aumento de investimentos em IoT, mesmo na pandemia. Esses investimentos oferecem um ROI previsível, a partir da mensuração de indicadores-chave (KPIs), ou seja, as companhias que estão colocando seu dinheiro nesses projetos, já sabem quando terão retorno. Segundo Benoit Lheureux, vice-presidente de pesquisa do Gartner, “o retorno financeiro de investimentos em IoT é em média de três anos”.

Outro ponto é que como os investimentos em IoT são relativamente novos, a maior parte das companhias tem oportunidades de economizar em projetos considerados tipo low hanging fruit, como manutenção preditiva em elevadores ou turbinas e otimização de processos, como aumento da produção.

Em uma de suas fábricas, a Microsoft conseguiu cortar os custos de inventário em US$ 200 milhões ao usar IoT para identificar quais produtos estavam perto de se tornar obsoletos. A informação com os detalhes do inventário estava lá para qualquer um ver. A diferença? A tecnologia via IoT para fazer essa conexão.

Um relatório da McKinsey estima que o valor criado pelos projetos industriais com IoT poderá chegar a US$ 1,2 trilhão ou, conforme a aceleração que estamos vivendo, US$ 3,7 trilhões até 2025.

 

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