s
Crédito: Pixabay
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

IA e Blockchain contra a corrupção

Membros da polícia e do judiciário estarão sob escrutínio de algoritmos de machine learning treinados para identificar desvios do padrão em processos penais, desde o inquérito até a sentença

A China anunciou na última semana de agosto um plano de utilizar inteligência artificial e blockchain para supervisionar as próprias autoridades do país. O projeto faz parte de uma campanha nacional que visa eliminar a corrupção de instituições públicas.

Membros da polícia e do judiciário estarão sob escrutínio de algoritmos de machine learning treinados para identificar desvios do padrão em processos penais, desde o inquérito até a sentença. O sistema será complementado com uso de blockchain para tornar os dados dos processos invioláveis e transparentes.

O plano chinês segue uma tendência global de aplicações tecnológicas no combate à corrupção. O Fórum Econômico Mundial realizou um projeto na Colômbia que comprovou a eficácia de registrar licitações públicas em redes blockchain nesse sentido. No entanto, os resultados mostram também que ainda há limitações para este uso da tecnologia, por conta do pequeno volume de dados digitalizados no setor público.

CADASTRE-SE GRÁTIS PARA ACESSAR 5 CONTEÚDOS MENSAIS

Já recebe a newsletter? Ative seu acesso

Ao cadastrar-se você declara que está de acordo
com nossos Termos de Uso e Privacidade.

Cadastrar

Há também alguns cases que demonstram o potencial da inteligência artificial para diminuir os gastos com a corrupção. No Brasil, onde se perdem US$ 160 bilhões ao ano por conta de desvios, a Controladoria Geral da União utiliza algoritmos inteligentes para analisar prestações de contas e procurar irregularidades em editais públicos, desde 2017 e 2018, respectivamente. O limite da tecnologia, porém, está na regulação: evidências de fraudes obtidas com IA não são válidas em tribunal. Assim, o uso de algoritmos fica restrito a uma primeira varredura antes do processo analógico de auditoria da CGU.

A mesma lógica do combate à corrupção no setor público pode ser replicada ao mundo corporativo. Segundo análise da Forbes, a confiabilidade promovida pela blockchain pode se tornar um diferencial para empresas, principalmente aquelas buscando relação com investidores. Ter uma prestação de contas transparente e segura em uma rede descentralizada é um sinal de que o estado financeiro de uma organização é sólido. E, em análise final, pode surgir no mercado uma “competição saudável pela transparência”.

 

O poder da IA agora é físico

Inteligência Artificial

O poder da IA agora é físico

Porque a Inteligência Artificial deixou de ser tecnologia. Tornou-se infraestrutura — e, portanto, política econômica.

O novo playbook do software

Inteligência Artificial

O novo playbook do software

A IA está mudando o mercado de software. Empresas nativas de IA crescem até três vezes mais rápido que as de SaaS tradicional, com um diferencial: retorno rápido de valor para o cliente.

Os agentes de IA avançam. As empresas, nem tanto

Inteligência Artificial

Os agentes de IA avançam. As empresas, nem tanto

Muitas organizações têm dificuldade em transformar a IA Agêntica em ROI. Desafios estruturais como governança, déficit técnico, custo e confiança ainda limitam o impacto desejado

IA no trabalho: entre dopamina, workslop e risco regulatório

Inteligência Artificial

IA no trabalho: entre dopamina, workslop e risco regulatório

Pesquisas recentes mostram que chatbots e copilots podem capturar atenção como redes sociais e máquinas caça-níqueis. E já há um preço alto sendo pago nas empresas.

Como aumentar a segurança da GenAI?

Inteligência Artificial

Como aumentar a segurança da GenAI?

Tratando segurança como arquitetura e não como filtro no fim do funil. Aplicações que nascem com detecção, supervisão e resposta em camadas independentes escalam com menos sustos.

Otimismo e medo: como os brasileiros veem a IA no trabalho

Inteligência Artificial

Otimismo e medo: como os brasileiros veem a IA no trabalho

Pesquisa mostra que 85% dos trabalhadores acham que a IA vai impactar seus empregos. O Brasil é o mais otimista da América Latina, mas também sente medo de ser substituído