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Para Jerry Wind, autor de Creativity in the Age of AI, o maior risco das empresas não é a tecnologia, mas a incapacidade de questionar o status quo. A IA, diz ele, oferece novas maneiras de expandir ideias, reconstruir carreiras e acelerar a inovação (Crédito: Divulgação)
ENTREVISTA

Criatividade é um músculo – e a IA é o novo acelerador

Professor emérito da Wharton, Jerry Wind afirma que desafiar modelos mentais é a base da criatividade e que a IA, usada como assistente humano-centrado, amplia – e não substitui – a capacidade de imaginar, resolver problemas e transformar organizações

Por Soraia Yoshida 19/11/2025

Em um mundo no qual tecnologias avançam em ritmo exponencial, modelos de negócio se esgotam rapidamente e a pressão por crescimento não dá trégua, o professor emérito da Wharton School Jerry Wind defende uma convicção simples: criatividade não é um dom, é uma disciplina. E, como tal, pode ser expandida por qualquer pessoa ou organização que esteja disposta a desafiar as próprias certezas. “Toda pessoa e toda organização podem aumentar sua criatividade se usarem as abordagens certas”, afirma Wind. E essas abordagens incluem Inteligência Artificial (IA).

Aos 87 anos, Wind é um dos nomes mais influentes do pensamento na congruência entre Marketing (a cadeira na qual ensinou criatividade para MBA e líderes globais por décadas) e Inovação (um princípio que está presente em suas aulas). Como outros estudiosos, ele olha de perto para o impacto da IA na forma como pensamos, aprendemos e criamos. Wind vê a tecnologia como uma força multiplicadora. “A IA é como um assistente pessoal disponível 24 horas por dia, em qualquer idioma. Se você souber interagir, ela amplia sua criatividade”, afirma.

Autor do recém-lançado “Creativity in the Age of AI e de um curso na Coursera que apresenta 12 abordagens práticas para desenvolver a criatividade, Jerry Wind insiste que o primeiro passo para destravar a criatividade (seja para executivos, empresas e sociedade) é desafiar os modelos mentais existentes. Essa é, aliás, a essência de sua pesquisa desde “The Power of Impossible Thinking, publicado há duas décadas. “O ambiente muda, e o que funcionou no passado não vai funcionar no futuro. É preciso coragem para desafiar o status quo”, diz o professor da Wharton.

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