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Onde estamos na transição energética? Os dados do Fórum Econômico Mundial mostram a nova geopolítica da energia e os riscos da inação climática (Crédito: Freepik)
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Transição energética: os avanços, os gargalos e o papel do Brasil

Apesar do avanço em investimentos e regulação, a transição energética global segue desequilibrada e aquém das metas climáticas. Estudo do Fórum Econômico Mundial destaca onde estamos, quem lidera, o que trava o progresso – e o papel estratégico do Brasil

Ainda que 65% dos países tenham avançado em sua jornada de transição energética (ETI) em 2025, apenas 28% fizeram isso de forma equilibrada, olhando para os pilares de segurança, equidade e sustentabilidade. Existe hoje uma pressão social e econômica por sistemas energéticos mais acessíveis, limpos e resilientes. Contamos com Inteligência Artificial (IA), digitalização das redes e armazenamento avançado, mas enfrentamos a fragmentação geopolítica, com guerras, conflitos comerciais e nacionalismo de recursos. O que leva à pergunta: em que ponto da transição energética estamos?

Em 2024, o crescimento da demanda energética global foi de 2,2%, o ritmo mais acelerado em anos, como aponta o relatório “Fostering Effective Energy Transition 2025”, do Fórum Econômico Mundial (WEF). As emissões de dióxido de carbono relacionadas à energia atingiram um recorde histórico de 37,8 bilhões de toneladas, alta de 0,8% frente a 2023. O aumento foi puxado, em parte, pela eletrificação da economia, incluindo a expansão acelerada de data centers e processamento de IA, que sozinhos devem responder por 10% do crescimento da demanda de eletricidade até 2030.

Mais do que uma transição linear, trata-se de uma reconfiguração completa dos sistemas energéticos, impulsionada por quatro grandes forças:

  • Riscos climáticos crescentes, como eventos extremos e mudanças nos ciclos naturais;
  • Aceleração da inovação tecnológica, com Inteligência Artificial, armazenamento avançado e digitalização das redes;
  • Fragmentação geopolítica, com guerras, conflitos comerciais e nacionalismo de recursos;
  • Pressão social e econômica por sistemas energéticos mais acessíveis, limpos e resilientes.

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