Que o tema ESG entrou no vocabulário corporativo creio que todos já perceberam. O tema da mudança climática também passou a ser fundamental no discurso de qualquer CEO ou membro de conselho de administração. Mas por que o Brasil está no centro das discussões e, principalmente, das movimentações de M&A (termo em inglês para Fusões e Aquisições), quando o tema é créditos de carbono?
Recentemente as três principais empresas que trabalham com o tema foram adquiridas ou investidas. A Biofílica foi adquirida pela Ambipar, a WayCarbon teve seu controle adquirido pelo Grupo Santander e a CarbonNext recebeu um investimento da Shell. Outras empresas ou grupos econômicos também partiram para o mercado de carbono como, por exemplo, a Minerva Foods, com a criação da MyCarbon. Além disso, grandes players internacionais do mercado de carbono, como a SouthPole (investida recentemente pela Salesforce) e a Ecosecurities (parceira da Hartree em um programa bilionário de reflorestamento) voltam seus olhos cada vez mais para o Brasil.
Por que essa mudança tão intensa e em tão pouco tempo sobre a perspectivas de mercado de carbono no Brasil? A resposta é: uma clara tendência que vai muito além do, muitas vezes superficial, discurso atual sobre mudança climática.
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