The Shift

Varejo: como fica a economia pós-Covid

11 de Março de 2020. A pandemia foi oficializada e, no meio do impacto do “semi” lockdown, do distanciamento social e das máscaras, os consumidores descobriram que o e-commerce e o delivery podiam resolver seus problemas urgentes sem precisar sair de casa. Passou março, entraram abril e maio, e agora as pessoas navegam nessa realidade DC (Depois da Covid-19) usando o e-commerce para muito além das necessidades básicas essenciais.

O “modo DC” do varejo é digital, aponta o relatório recém-lançado da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). E só vai aumentar quando o isolamento social for reduzido: 80% dos respondentes disseram estar satisfeitos com as compras online no período da quarentena e 70% pretendem comprar mais em sites ou via aplicativo depois que o isolamento arrefecer. “O varejo não voltará ao que era antes da crise”.

O comportamento dos consumidores vem mudando semana pós semana, as escolhas se diversificam, os hábitos se reorganizam e quem entender o que querem e como querem os consumidores vai conseguir fazer a virada para um modelo digital compatível com a economia DC. O estudo do SBVC mostra, por exemplo, que para 8% dos 92% de entrevistados que realizaram compras online no período, a quarentena foi a estreia no mundo do e-commerce.

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E 61% dos que já compravam online disseram aumentar suas compras por conta do isolamento social. Um aumento de 50% para 46% dos entrevistados. A pandemia também impactou o delivery, obviamente: 79% compraram comida/bebida para consumo imediato e, desses, 44% aumentaram em 50% seus pedidos. O dispositivo mais utilizado foi o smartphone (70%) e a plataforma preferida (73%) foram os apps.

A conveniência é um dos pontos focais da mudança de comportamento, indica a edição 4 do Barômetro da Covid-19, da Kantar. Por conta desse efeito, a expectativa é de que o comportamento permaneça e, aí, cabe olhar com muito cuidado a experiência do consumidor: 54% consideram a compra online uma experiência mais positiva do que a compra em loja física, mas 24% ainda consideram a façanha desafiadora.