Living Intelligence, Skill Flux e Agent Experience: os conceitos que emergem do SXSW para guiar o futuro da tecnologia
O SXSW vive sua própria disrupção enquanto questiona o impacto da IA na sociedade: como preservar a humanidade em um mundo acelerado? (Crédito: Freepik)
O SXSW 2025 chegou ao fim. Mais do que nunca, a conferência de 2025 serviu como um espelho de nossa desorientação e incerteza coletivas ao lidar com a IA e o ritmo acelerado do progresso tecnológico. O que explica, em parte, os parcos lançamentos típicos do evento (Twitter, Foursquare e Clubhouse que o digam) e a intensidade dos debates nos corredores.
Duas grandes questões:
Cinco conceitos deverão ecoar em 2025, desde Austin: Living Intelligence, Skill Flux, Physical AI, Promptable Brands e Agent Experience. E uma grande preocupação começa a se impor: em um mundo aonde a IA e outras forças sociotécnicas estão avançando rapidamente, os princípios de abertura e livre acesso a informações e recursos estão cada vez mais ameaçados, alertam vozes importantes da Internet aberta, dos dados abertos, e do código aberto.
O problema? A governança corajosa de que precisamos ainda é escassa. Lawrence Lessig, da Harvard Law School, foi claro: “Sem governança, a IA não é apenas um risco — é uma certeza de que perderemos o controle sobre seu impacto na sociedade.” Sobram conflitos de interesse em organizações que misturam lucro e privacidade, pontua Meredith Whittaker, da Signal. Como retomar o controle de nossas vidas digitais ao passarmos da economia de atenção para a economia de intenção?
Talvez a metáfora mais adequada para o momento seja o próprio SXSW, que agora enfrenta sua própria disrupção transformadora. O Austin Convention Center, com seu charme dos anos 90, será demolido em breve e substituído em 2029 por algo mais alinhado com os padrões contemporâneos. Uma transformação física que reflete as mudanças culturais que apareceram em Austin. Nos próximos quatro anos, porque o evento será obrigado a se descentralizar ainda mais pela cidade, devido às obras, uma boa parte do lado humano pode também se diluir: emoção, conexão, empatia, confiança, construção de ideias. O futuro da South by Southwest é nebuloso, como ainda é nebuloso o mundo pós-IA.
Até aqui, o SXSW continuou a incorporar o que significa reinventar e, ao mesmo tempo, preservar o caráter essencial — transformar sem perder sua alma. Como continuar? Talvez a chave seja “reconhecer os pequenos passos que podemos dar para transformar não apenas nossas vidas, mas o mundo ao nosso redor e criar uma cultura de esperança”, conclamou Michelle Obama, no último dia de conferência. Mudanças pedem atitude e ação!
O desenvolvimento da IA dominou muitas sessões, que se concentraram menos em suas especificações tecnológicas e mais em como nós, a sociedade, lidamos com ela. O guia prático, daqui por diante, deve considerar:
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