Qual é o limite para o uso de dados biométricos?

Muitas de nossas atividades diárias já exigem alguma forma de reconhecimento biométrico. A tecnologia continua a ser adotada por vários setores, dos serviços públicos e financeiros, aos de transporte e saúde. Em muitos casos, como o controle de acesso físico e lógico, é mais eficiente, barata e fácil de usar do que as alternativas tradicionais. E, de quebra, nos aproxima mais do futuro sem senhas, amplamente reconhecidas como uma proteção frágil para a nossa vida digital.

Mas, como com qualquer tecnologia, tendemos subestimar os riscos associados à biometria. Riscos esses agravados pelos esforços para a coleta e uso de dados biométricos para monitoramento e vigilância, como vem ocorrendo na China e em outros países. Os movimentos sociais em oposição a esses sistemas são importantes - especialmente quando apelam para preocupações sociais amplamente sustentadas que vão além das liberdades civis.

Apesar do aumento da segurança, eficiência e conveniência que proporciona, a autenticação biométrica e os seus usos também têm desvantagens:

• Custos - o investimento necessário em biometria para segurança é significativo;
• Violações de dados - bancos de dados biométricos ainda podem ser hackeados;
• Rastreamento e dados - dispositivos biométricos como sistemas de reconhecimento facial podem limitar a privacidade dos usuários;
• Vieses - o aprendizado de máquina e os algoritmos devem ser muito avançados para minimizar o viés demográfico biométrico;
• Falsos positivos e imprecisões - Falsas rejeições e falsas aceitações ainda podem ocorrer, impedindo que usuários selecionados acessem os sistemas.