Da computação em nuvem à Inteligência Artificial, a demanda por armazenamento e processamento de dados de alto desempenho disparou. À medida que a necessidade de data centers cresce, cresce também a demanda por profissionais qualificados para gerenciá-los e mantê-los. Hoje, o setor enfrenta uma lacuna global de talentos
De acordo com um estudo do Uptime Institute, a previsão é de que a necessidade global de pessoal para data centers chegará a 2,3 milhões de pessoas este ano. Incluindo:
São, em sua maioria, profissionais que precisam ter habilidades que conectem o conhecimento tradicional de infraestrutura com novas tecnologias. Arquitetura de computação em nuvem e segurança cibernética são a base para muitos especialistas. Metodologias de integração de IA e fundamentos de aprendizado de máquina são a estrutura técnica para inovação nessa área.
Outras áreas-chave incluem:
Com uma ampla variedade de vagas na área de tecnologia, os data centers oferecem uma carreira promissora para qualquer pessoa com grande interesse em tecnologia, computação e gerenciamento de dados.
Como reduzir a lacuna de habilidades
O ritmo das mudanças tecnológicas no setor de data centers é implacável. Novas tecnologias e metodologias surgem com frequência, dificultando a atualização dos programas de treinamento e a atualização das habilidades dos profissionais.
Embora o conhecimento teórico seja essencial, a experiência prática é crucial para dominar as operações de data center. Razão de muitos empregadores, como a Ascenty, investirem em treinamento, resultando em uma força de trabalho bem qualificada, e com experiência prática.
“Precisamos criar uma cultura nacional de data centers desde escolas técnicas até universidades corporativas. Investir na capacitação da equipe é uma estratégia essencial”, comenta Rafael Astuto, gerente executivo de engenharia de vendas da Ascenty.
O Programa Universidade Ascenty, por exemplo, inclui cursos obrigatórios, certificações e conteúdos específicos. Também são oferecidos treinamentos em idiomas, sistemas e boas práticas. São cerca de 900 cursos, no total, incluindo o de Formação Técnica Infraestrutura e Eletricidade e o de Formação Acesso e Monitoramento (Segurança), por exemplo.
Outro desafio fundamental é tornar as carreiras em data centers e os caminhos na engenharia mais visíveis e acessíveis.
Carreiras em Data Centers
Embora a IA assuma algumas tarefas em data centers, ela também cria oportunidades para trabalhadores humanos. A automação de tarefas repetitivas permite que os operadores se concentrem em decisões estratégicas, em vez de manutenção de rotina. Isso é uma evolução da força de trabalho, não uma substituição.
A maioria dos operadores disse ao Uptime Institute duvidar que a IA no data center reduza a necessidade de pessoal nos próximos cinco anos, enquanto a adaptação ao aumento da carga de trabalho da IA pode exigir pessoal adicional hoje.
Para aproveitar o crescimento dos data centers de IA, os profissionais precisam ter habilidades que conectem o conhecimento tradicional de infraestrutura com novas tecnologias. Vejamos…
Em linhas gerais, os data centers oferecem uma carreira promissora para qualquer pessoa com grande interesse em tecnologia, computação e gerenciamento de dados. Há vagas para:
Mas, como bem pontua Rafael Astuto, a IA está criando empregos e mudando os existentes no ecossistema de data centers. Aqueles que entendem tanto a infraestrutura tradicional quanto os recursos emergentes de IA têm a melhor posição no mercado.
Novas funções estão surgindo em áreas como engenharia de IA, implementação de aprendizado de máquina, ciência de dados e ética em IA. Elas exigem habilidades técnicas avançadas e conhecimento de ambientes de data center.
Ao mesmo tempo, as funções existentes estão sendo redefinidas para incluir habilidades de IA:
Analistas da Forrester têm ouvido de fornecedores e clientes que os data centers estão cada vez mais buscando AIOps para gerenciar as densas configurações de servidores associadas à IA e à computação de alto desempenho em geral.
Do lado empresarial, os gerentes de data center também precisam gerenciar cargas de trabalho em data centers, nuvens, provedores de colocation e provedores de serviços gerenciados, afirma ele. Mesmo com a automação assumindo parte do trabalho, novos desafios surgem. Por exemplo, as leis de soberania de dados limitam a extensão em que as cargas de trabalho podem ser transferidas para fora de um determinado país.
Conseguir montar esse tipo de infraestrutura exige não apenas IA, mas também muita compreensão humana. Pessoas, não máquinas, garantirão que as proteções estejam lá e validar que tudo está sendo seguido. E as pessoas mais valiosas combinarão habilidades tradicionais com habilidades de IA, especialmente para otimização dinâmica de energia, resfriamento líquido, detecção de anomalias e manutenção preditiva.
“Instalar refrigeração líquida em data centers não é exatamente o mesmo que, digamos, instalar um ar-condicionado, mas há muitas sobreposições. E, como a tecnologia é muito nova, não há muitas pessoas com experiência especializada disponíveis para serem contratadas”, comenta Astuto.
No mundo todo, tem aumentado a demanda por engenheiros mecânicos que possam projetar e construir sistemas de fornecimento de refrigeração líquida, engenheiros térmicos que se concentrem na otimização da transferência de calor no nível do chip, engenheiros elétricos que integrem sensores, controles e sistemas de monitoramento, e engenheiros de confiabilidade que trabalhem para garantir a disponibilidade e a resiliência do sistema a longo prazo”, diz ele.
Na pesquisa de pessoal do Uptime Institute, 55% dos operadores de data center disseram ter iniciativas ou programas em andamento para contratar pessoas novas no setor, como recém-formados em faculdades, escolas de ensino profissionalizante ou programas de treinamento.
A Ascenty, por exemplo, tem parcerias com o SENAI, para oferta de cursos técnicos, como o Projeto Qualifica Elas, que em 2023 capacitou mulheres no curso de Eletricidade Geral do SENAI Roberto Mange, em Campinas.
O mercado
Segundo a Brasscom, Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais, a América Latina conta hoje com 100 mil empregos diretos gerados no setor de data center, sendo 40 mil no Brasil. Estima-se que cada emprego direto no setor de data center seja capaz de gerar seis vagas indiretas em indústrias que viabilizam esse segmento.
Para quem deseja iniciar uma carreira em data centers no Brasil, existem diversos caminhos possíveis, segundo a Clarity Treinamentos:
Rotas de Entrada:
Estratégias Eficazes:
Primeiros Passos Recomendados:
Na opinião de recrutadores especializados, candidatos que demonstram conhecimento básico de infraestrutura de TI, combinado com forte disposição para aprendizado e trabalho em equipe, têm as melhores chances de ingressar no setor, mesmo sem experiência prévia específica.
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