Em uma época na qual todos estão focados na análise de dados, na Inteligência Artificial, na estratégia e na missão, concentrar-se na mudança e na cultura parece contra-intuitivo, mas é provavelmente no que todos deveriam estar concentrados. O foco da gestão na cultura e na gestão da mudança é extremamente deficiente. E essa pode ser uma das razões de muitas transformações ficarem aquém de suas metas.
Mudar é difícil. Mas é cada vez mais necessário, para acompanhar as condições do mercado, a concorrência e as preferências dos clientes, adotar novas tecnologias e formas de trabalhar. Você pode não gostar de mudanças e sua empresa pode não querer mudar, mas você não controla os fatores externos que mudam constantemente. E tudo complica a partir do momento que o ritmo da mudança aumenta, e você percebe que não pode mais “gerenciá-la”. Só pode tentar antecipá-la e direcioná-la. Em vez de evitar ou resistir à mudança, a cultura e a estratégia devem abraçar a mudança.
Portanto, nunca foi tão necessário repensar toda a abordagem da empresa à mudança. Se uma empresa está criando uma estratégia, um componente-chave dessa estratégia deve ser a identificação das mudanças necessárias e com que rapidez devem ser feitas. Tradicionalmente, a mudança tem sido pouco considerada — se é que tem sido considerada — quando a estratégia é construída. "Muito em breve, entraremos em uma época na qual a mudança e a capacidade de mudar se tornarão muito mais centrais para a estratégia corporativa, e a capacidade de executar a mudança se tornará primordial", afirma Jeffrey Phillips, autor de "Relentless Innovation: What Works, What Doesn’t". Cabe às lideranças mudar a cultura da sua organização para melhor traduzir a estratégia em comportamento e reforçar prioridades de mudança.
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