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25/08/2025

O que antes era apenas um sistema de registro, agora caminha para se tornar uma verdadeira plataforma de decisão, inteligência e inovação. A convergência de IA, Analytics em tempo real e negócios digitais dá origem a uma nova geração de ERPs: adaptáveis, inteligentes e mais estratégicos. E o legado, como fica?

Esse é um dos pontos discutidos por David Dias, líder de IA da EY América Latina, e Luciano Albertini, líder de plataformas, estratégias e TI da EY Brasil neste episódio do podcast #The Shift. 

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Segundo David Dias, o que já vemos no presente são “agentes de IA de nível 2”, como os copilotos de Microsoft e SAP, atuando como solucionadores de problemas e assistentes de decisão. Mas o futuro, que ele projeta para os próximos 3 a 5 anos, vai muito além: “Vamos ver o advento dos Agents AI aplicados às plataformas de ERP, com decisões autônomas, uso massivo de predição e prescrição, e uma nova forma de interação com o usuário, baseada em linguagem natural e interfaces orientadas por agentes”.

Essa nova era será marcada pela integração de ERPs com IoT, blockchain, RPA e modelos generativos de IA. As plataformas deixarão de ser monolíticas para adotar uma arquitetura componível, baseada em microsserviços, APIs e módulos intercambiáveis. “O ERP vira uma grande plataforma de orquestração”, resume Dias.

O legado como custo estratégico

Luciano Albertini reforça que seguir com ERPs legados passou a representar um risco para a organização. “A manutenção desse legado é um custo estratégico”, afirmou durante a conversa. “É preciso coragem, estratégia e visão de futuro para migrar”. Segundo ele, o primeiro passo é um diagnóstico profundo – a chamada “fase zero” – que considera pessoas, ecossistemas, tecnologia e estratégia de migração.

Albertini defende um modelo progressivo, com o ERP migrando primeiro para uma nuvem privada, depois pública, sempre com foco em reduzir o custo de operação. E destaca a importância de adotar a estratégia “Clean Core” e a camada Surrounding com tecnologias low-code/no-code, IA e virtualização de dados. “As empresas vão adotar arquiteturas mais modulares e conectar soluções ao redor do core do ERP”, diz.

O maior desafio: as pessoas

Apesar de a tecnologia avançar em ritmo acelerado, tanto David Dias quanto Luciano Albertini alertam que o maior gargalo não está nas máquinas, mas nos humanos. “As pessoas vão deixar de ser executores de processos transacionais e se tornar orquestradores da Inteligência Artificial”, afirma Dias. Para ele, o desafio vai além do reskilling: “Estamos falando de letramento. Uma transformação profunda das pessoas e da sua relação com o trabalho”.

Albertini concorda: “É preciso retreinar as equipes, mudar o modelo mental da TI e preparar toda a organização para operar em um ambiente mais ágil, automatizado e orientado por IA”. O treinamento contínuo será essencial, com trilhas específicas para cada área do negócio e programas robustos de gestão da mudança.

Ouça a seguir o que mais as empresas devem pensar em relação ao ERP.

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