É inevitável! Daqui em diante robôs e humanos conviverão cada vez mais, dividindo tarefas do dia a dia. E acidentes ocorrerão. Basta assistir a uma compilação de droides caindo ou o recente vídeo do robô enxadrista quebrando o dedo de um menino de sete anos em uma demonstração na Rússia. Meses atrás, incidentes eram comuns nos armazéns da Amazon, que tratou de aprimorar o uso de robôs, cuidando sobretudo da segurança dos funcionários. Muitos de nós temos formas básicas de inteligência artificial em nossa casa. Por exemplo, aspiradores robóticos são itens muito populares em casas por todo o mundo. Mas já procuramos saber o quanto essas máquinas estão prontas para lidar com as complexidades da interação humano-computador - e vice-versa, já que essa é uma via de mão dupla, e humanos também precisam aprender como robôs se comportam?
Examinando o incidente no torneio de xadrez, a pergunta mais frequente foi por que o robô agiu da maneira que agiu. Pesquisas sobre interação humano-computador têm a resposta: robôs são projetados para operar em situações de certeza. Eles não lidam bem com eventos inesperados. O incidente ocorreu porque a criança “violou” as regras de segurança ao tomar sua vez muito rapidamente. Erroneamente, o robô interpretou o dedo da criança como a peça de xadrez que já deveria ter sido retirada do tabuleiro.
A diferença fundamental entre máquinas e humanos é a compreensão. A máquina vê, mas não entende. Nós temos a percepção do tamanho dos objetos, sua função, seu cheiro e consistência, ou seja, a compreensão do mundo em que estamos imersos. Isso faz parte da nossa cognição, essencial para a sobrevivência da espécie. Robôs ainda têm muitas dificuldades para se localizar no espaço, subir escadas, abrir portas, dividir as calçadas e as ruas com os humanos, indoor ou em uma cidade. Não são sofisticados o suficiente para processar eventos que fujam à sua programação e agir adequadamente.
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