s
Interação homem-máquina avança e as complexidades desta relação se aprofundam
ROBÓTICA

Como queremos que os robôs sejam?

Isaac Asimov já estava impaciente. As pesquisas a respeito da interação homem-máquina avançam e estamos passamos do estágio da automação para o de autonomia. Mas como lidar com essa complexidade?

É inevitável! Daqui em diante robôs e humanos conviverão cada vez mais, dividindo tarefas do dia a dia. E acidentes ocorrerão. Basta assistir a uma compilação de droides caindo ou o recente vídeo do robô enxadrista quebrando o dedo de um menino de sete anos em uma demonstração na Rússia. Meses atrás, incidentes eram comuns nos armazéns da Amazon, que tratou de aprimorar o uso de robôs, cuidando sobretudo da segurança dos funcionários. Muitos de nós temos formas básicas de inteligência artificial em nossa casa. Por exemplo, aspiradores robóticos são itens muito populares em casas por todo o mundo. Mas já procuramos saber o quanto essas máquinas estão prontas para lidar com as complexidades da interação humano-computador - e vice-versa, já que essa é uma via de mão dupla, e humanos também precisam aprender como robôs se comportam?

Examinando o incidente no torneio de xadrez, a pergunta mais frequente foi por que o robô agiu da maneira que agiu. Pesquisas sobre interação humano-computador têm a resposta: robôs são projetados para operar em situações de certeza. Eles não lidam bem com eventos inesperados. O incidente ocorreu porque a criança “violou” as regras de segurança ao tomar sua vez muito rapidamente. Erroneamente, o robô interpretou o dedo da criança como a peça de xadrez que já deveria ter sido retirada do tabuleiro.

A diferença fundamental entre máquinas e humanos é a compreensão. A máquina vê, mas não entende. Nós temos a percepção do tamanho dos objetos, sua função, seu cheiro e consistência, ou seja, a compreensão do mundo em que estamos imersos. Isso faz parte da nossa cognição, essencial para a sobrevivência da espécie. Robôs ainda têm muitas dificuldades para se localizar no espaço, subir escadas, abrir portas, dividir as calçadas e as ruas com os humanos, indoor ou em uma cidade. Não são sofisticados o suficiente para processar eventos que fujam à sua programação e agir adequadamente.

Este é um conteúdo exclusivo para assinantes.

Cadastre-se grátis para ler agora
e acesse 5 conteúdos por mês.

É assinante ou já tem senha? Faça login. Já recebe a newsletter? Ative seu acesso.

DePIN, lá vem mais um hype

Web3

DePIN, lá vem mais um hype

É hora de entender essa nova tecnologia que pode transformar a maneira que as blockchains funcionam.

Robôs de serviço vieram para ficar

Robótica

Robôs de serviço vieram para ficar

Eles estão em todo lugar: nas lojas, nos hotéis, nos restaurantes e até no supply chain

Um planeta sob nova direção

Tendências

Um planeta sob nova direção

Homem e natureza são parte do mesmo sistema interconectado. Se um destrói o outro, sucumbirá em seguida. Com esta certeza, universidades, ONGs e empresas privadas estão se unindo para criar centros de conhecimento de Desenvolvimento Reg...

Todo poder ao hidrogênio verde

Sustentabilidade

Todo poder ao hidrogênio verde

O hidrogênio verde é elemento central da transição energética rumo à meta de emissões líquidas zero em 2050 e há um boom de registros de patentes relacionados para as formas de produção, armazenamento e distribuição. A concorr�...

RH, equilibrista de pratos em 2023

Gestão

RH, equilibrista de pratos em 2023

Se dizemos que, nos últimos tempos, a vida do CEO não tem sido fácil, imagine a dos gestores de talentos? Tendo que disputar profissionais em um mercado de demanda aquecida, retê-los e ainda promover um ambiente de inovação que qualif...

Embedded Finance, a bola da vez

DeFi

Embedded Finance, a bola da vez

Consumidores em escala mundial, inclusive no Brasil, consideram mudar de banco ou de provedores de serviços financeiros para um canal de marca não financeiro com oferta de serviços mais personalizados e contextualizados. O mercado de Emb...