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01/09/2025

A IA Agêntica tem um papel fundamental de integração transversal nas organizações, facilitando colaboração e fluidez entre áreas que antes operavam em silos (Crédito: Freepik)

Nos últimos dois anos, a Inteligência Artificial saiu da zona de experimentação para entrar como prioridade nas agendas corporativas. Mas os movimentos de mudança agora são bem mais velozes. Nem bem a IA Generativa esquentou os motores, a IA Agêntica entrou no radar, com força, impulsionada pelas ofertas das empresas de tecnologia e pela evolução dos modelos fundacionais que incorporaram ferramentas NoCode e LowCode para criar agentes.

No início do ano, um relatório global da EY – “Top 10 Opportunities for Technology Companies in 2025  sinalizava que os agentes autônomos entrariam no centro das atenções à medida que as empresas buscam capturar retornos tangíveis sobre seus investimentos em tecnologias emergentes.

Entramos no segundo semestre de 2025 vendo o avanço dos agentes autônomos, capazes de executar tarefas complexas com pouca ou nenhuma intervenção humana contínua. Nos Estados Unidos, por exemplo, a pesquisa “Technology Pulse” da EY, feita com 500 líderes de tecnologia, mostra que 48% estão adotando IA Agêntica nas suas organizações e 50% deles preveem que mais da metade de suas operações de IA vão operar de forma autônoma em 24 meses.

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A ambição tecnológica move os ponteiros do mercado: para a Precedence Research, o mercado global de agentes autônomos pode saltar de US$ 7,55 bilhões em 2025 para US$ 199 bilhões em 2034.

Mais do que responder, os agentes atuam

São aplicações que já demonstram valor prático:

  • Atendimento ao cliente com personalização em tempo real;
  • Análises fiscais e regulatórias com maior precisão e velocidade;
  • Backoffice automatizado com liberação de tempo para decisões estratégicas.

A IA Agêntica, segundo a EY, tem um papel fundamental de integração transversal nas organizações, facilitando colaboração e fluidez entre áreas que antes operavam em silos, como tecnologia e negócios. Mas para isso, é preciso que as empresas passem por um processo disciplinado de preparação e orquestração de suas iniciativas de IA e a adoção de um framework consistente de governança que leve à IA Responsável, aponta Andrei Graça, líder de IA, Dados e GenAI da EY Brasil.

A autonomia, diz Andrei, traz consigo novos desafios, como:

  • Governança de dados e qualidade da informação;
  • Estruturas de compliance regulatório, tributário e jurídico;
  • Capacitação contínua das equipes para lidar com supervisão e curadoria dos agentes.

“A maturidade das empresas na orquestração organizacional será o verdadeiro diferencial competitivo nesta nova etapa da jornada de IA corporativa”, garante o executivo.