Anúncios de novos unicórnios não faltaram em 2021. O ano bateu o recorde brasileiro de criação de empresas bilionárias — 10 startups locais atingiram o valuation mínimo US$ 1 bilhão. A última a alcançar a marca foi a Facily, cuja extensão da rodada de série D no valor de US$ 135 milhões foi anunciada em 23 de dezembro. Com esse número, o país terminou 2021 com 25 unicórnios, sendo 20 "puros" (usando a definição clássica que inclui apenas empresas de capital fechado) e cinco de capital aberto (Stone, Nubank, VTex, PagSeguro e Arco Educação). Somadas, essas empresas valem mais de US$ 100 bilhões.
O boom é resultado de um mercado favorável, com capital à disposição e mais maduro. O cenário é de cheques maiores, rodadas mais curtas e valuations disparados. Um exemplo do interesse pelas startups nacionais é a série G do Nubank, que somou US$ 1,15 bilhão. Após captar U$$ 400 milhões, em janeiro de 2021, a fintech levantou duas extensões da rodada, em junho. Uma delas, no valor de US$ 500 milhões, veio da Berkshire Hathaway.
Um levantamento realizado pelo Distrito comprova que o valor dos aportes tem crescido. No período entre 2007 e 2011, o valor médio de um cheque de série B era de US$ 5,14 milhões. A média subiu para US$ 9,41 milhões, entre 2012 e 2016, e atingiu US$ 26,87 milhões no período entre 2017 e setembro de 2021. Apenas os estágios de investimento anjo e pré-seed não registraram crescimento na média do valor dos cheques entre 2017 e 2021 na comparação com o período de 2007 a 2011.
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