Negócios inovadores estão cada vez mais frequentes nas periferias dos grandes centros urbanos do Brasil. O empreendedorismo é uma das alternativas para que as comunidades tenham economias locais mais resilientes e sustentáveis. Dados apresentados no estudo Economia das Favelas mostram que o mercado consumidor periférico é enorme, já que moradores das comunidades movimentaram em 2019 quase R$ 120 bilhões.
Segundo o Estudo sobre Empreendedorismo da Periferia de São Paulo, com dados levantados entre 2019 e 2020, mais de 40% dos negócios nas comunidades paulistanas surgiram nos últimos dois anos. Seis em cada dez têm um quadro societário formado por mais mulheres do que homens e, na média, os empreendimentos são fundados por mulheres negras entre 30 e 39 anos, contrariando a dominância de homens brancos no mercado tradicional.
A cada dez empreendedores na periferia de São Paulo, oito investem do próprio bolso em seus negócios. Além disso, 44% não apresentam faturamento, o que mostra que muitos dos empreendimentos não são a principal fonte de renda do fundador. Neste contexto, a maioria dos projetos depende de doações para sobreviver.
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