Até 300 milhões de empregos em tempo integral podem ser automatizados de alguma forma como efeito da adoção da IA Generativa, de acordo com estudo do Goldman Sachs. “Será que os trabalhadores deveriam ter medo da IA”, questiona o professor Christopher Pissarides, da London School of Economics (LSE). Uma pesquisa da Forrester apontou que 86% dos trabalhadores temem que milhares de pessoas vão perder seu emprego por causa dessa tecnologia.

É fato que nunca experimentamos um cenário de mudança tão rápido no mundo do trabalho. Mas já passamos por grandes mudanças e a história nos ensina lições importantes sobre adaptação do mercado de trabalho: “Quando voltamos um século atrás, as pessoas estavam preocupadas que a tecnologia – naquela época, o trator – iria deslocar uma grande quantidade de trabalhadores. E de fato deslocou, mas a economia se ajustou”, diz o economista Erik Hurst, professor da Booth School da Universidade de Chicago.

Em sua palestra na LSE, Hurst enfatizou três questões-chave para entender os efeitos da automação no mercado de trabalho:

• A tecnologia é um complemento ou um substituto para os trabalhadores?
• Quão fácil é para os trabalhadores deslocados serem realocados para setores em crescimento?
• Existem barreiras para esse ajuste que exigem intervenção política?