A cena se repete a cada fim e começo de ano: listas com "tendências irrefutáveis", que não podem ser ignoradas pelo CEO. Esse fluxo de projeções costuma ser formulado com base em soluções simplórias e até fantasiosas para problemas complexos e reais. Na verdade, na maioria dos casos, onde se lê “lista de tendências”, o mais apropriado seria “lista de opiniões”.
Boas projeções existem, claro. Há instituições e profissionais que se dedicam a projetar ideias para o futuro, baseando-se em estudos sólidos sobre mercados, públicos e tecnologias. Porém, mesmo entre as melhores do ramo, não há histórico isento de erros. Lembra-se quando falavam que “a era do CIO chegou ao fim”, e a TI passaria a ser regida por CDOs (chief digital officers), que seria alguém de negócios com visão de como aplicar as ferramentas digitais? Ou quando o modelo presencial de trabalho foi considerado “definitivamente ultrapassado”? Pois bem, eis dois exemplos recentes de previsões que se mostraram equivocadas em pouco tempo, mas anunciadas como “tendências inescapáveis” por organizações com boa reputação.
Ou seja: o grande risco das listas, mesmo as boas, é adotá-las como verdade, e a partir daí, usá-las como bússola para orientar a estratégia e a tomada de decisões. O máximo que uma lista bem elaborada pode fazer é dar informações e insights para formular boas perguntas, as quais podem, sim, favorecer uma melhor tomada de decisão.
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O máximo que uma lista de tendências bem elaborada pode fazer é dar informações e insights para formular boas perguntas, e estas, sim, favorecerem uma melhor tomada de decisão.
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