Alinhadas com o ESG, startups de impacto querem solucionar problemas

Um empreendedor não precisa escolher entre ganhar dinheiro e mudar o mundo. Comprada pela Ambipar, a Boomera é referência em gestão de resíduos e economia circular. A chilena Betterfly se tornou unicórnio com um produto que une benefícios corporativos, seguro de vida, bem-estar e doações para ONGs. Ambas são exemplos de que as startups de impacto podem alinhar o sucesso empresarial ao impacto socioambiental positivo. Trata-se de um ecossistema ainda emergente no Brasil, mas que se beneficia da tendência ESG para ganhar mais espaço. As soluções desse grupo de empresas ajudam organizações e governos a lidar com diferentes problemas, da poluição da água ao acesso à educação.

Não é qualquer empreendedor que pode afirmar ter um negócio de impacto. Em um relatório de 2019, a Aliança pelo Impacto define os negócios de impacto como empreendimentos que têm a intenção clara de endereçar um problema socioambiental por meio de sua atividade principal, seja um produto e serviço ou a forma de operação. Para atenderem aos critérios, as empresas precisam atuar de acordo com a lógica de mercado, com um modelo de negócio que busca retornos financeiros. Também é fundamental se comprometer a medir o impacto gerado.

O conceito de negócios de impacto já deixa claro porque não é possível pensar em um paradoxo entre retorno financeiro e resolução dos problemas socioambientais. Como explica a aceleradora de impacto Quintessa em um infográfico sobre o tema, a viabilidade desse tipo de empresa depende da geração de impacto positivo. A startup só é viável se possuir um modelo de negócio capaz de atingir o seu propósito social. Para isso, precisa unir soluções para problemas da sociedade e geração de lucro. Se o faturamento crescer, o impacto cresce também, resume a aceleradora.