A IA impulsionará mais de 50% da capacidade global de data centers e mais de 70% das oportunidades de receita, de acordo com Vlad Galabov, Diretor de Pesquisa de Infraestrutura Digital da Omdia, durante sua fala no Data Center World 2025. Galabov fez várias previsões. Entre elas as de que:
Com o aumento das cargas de trabalho de IA e o aumento da densidade de energia, o resfriamento líquido deixou de ser um nicho e se tornou uma infraestrutura essencial. “A refrigeração líquida já não é mais uma tendência, ela é uma realidade para o mercado de data center”, comenta Rafael Astuto, gerente executivo de engenharia de vendas da Ascenty. Principalmente, por oferecer melhor dissipação de calor, PUE menor e infraestrutura mais compacta.
Uma grande vantagem do resfriamento líquido é sua capacidade de aumentar a vida útil dos equipamentos do data center, minimizando a carga térmica sobre os componentes. Essa abordagem leva a uma taxa de falhas mínima, garantindo uma temperatura operacional consistente para funcionar em um nível ideal. Além disso, oferece uma maneira mais eficiente de dissipar calor, reduzindo o consumo de energia e melhorando a sustentabilidade.
A forte ênfase na minimização do consumo de energia e na redução dos custos operacionais incentiva os operadores de data centers a adotar métodos de resfriamento líquido. O tamanho do mercado global de resfriamento líquido de data center foi estimado em US$ 3,93 bilhões em 2024 e deverá aumentar de US$ 4,68 bilhões em 2025 para aproximadamente US$ 22,57 bilhões até 2034, expandindo a um CAGR de 19,10% de 2025 a 2034, segundo dados do Precedence Research.
“Os grandes hyperscales, até mesmo outros provedores de solução vão começar a adotar essas soluções de liquid cooling, em particular o DLC, que é o Direct Liquid Chip, principalmente devido à facilidade e à possibilidade de aproveitamento da infraestrutura existente’, argumenta Astuto. “É mais eficiente, ecologicamente correto e atende às demandas extremas da computação moderna.”
De fato, Google, Microsoft, Meta, Amazon e Alibaba estão investindo pesadamente em data centers com resfriamento líquido para oferecer suporte a serviços de IA. Intel e NVIDIA estão projetando chips otimizados para ambientes com resfriamento líquido. Provedores de colocation, como a Ascenty e empresas de nuvem, também estão oferecendo racks prontos para resfriamento líquido para clientes que executam cargas de trabalho de IA ou computação de alto desempenho (HPC).
Existem diferentes tipos de resfriamento líquido. Três abordagens são mais usuais hoje:
1 – Direto para o chip: o líquido de arrefecimento flui através de placas montadas diretamente no chip, absorvendo calor e removendo-o.
2 – Resfriamento por imersão: os servidores são submersos em um líquido especial não condutor que resfria diretamente todos os componentes.
3 – Trocadores de calor de porta traseira: a água gelada flui pelas portas traseiras dos racks de servidores, resfriando o ar quente à medida que sai.
O resfriamento líquido direto (DLC) é hoje o mais comum em grandes data centers de IA, e o com a tecnologia mais madura. Equilibra eficiência e custo. Já o resfriamento por imersão, embora extremamente eficaz, requer equipamentos especializados e ainda é menos adotado.
Comparado ao resfriamento por imersão, o resfriamento líquido direto suporta processadores com TDP mais alto, reduz o consumo de energia de resfriamento em até 50% e praticamente elimina os custos com fluidos, consolidando-se como a melhor opção para data centers de IA e ambientes de computação de alto desempenho.
“A escolha de que tipo de resfriamento líquido usar, se DLP ou por imersão, vai depender muito da necessidade e das demandas de cada cliente. E o principal critério é a capacidade do data center de atender os racks de alta densidade. Ou seja, racks de até 60 kW em cada gabinete, dependendo da aplicação. Isso é fundamental para a construção do melhor projeto possível considerando eficiência energética e o menor consumo possível de água”, explica Astuto. “É fundamental entender a implementação do resfriamento líquido e seu impacto no desempenho e na confiabilidade”, completa.
Vale pontuar que o resfriamento líquido direto aumenta significativamente a eficiência energética, reduzindo os custos operacionais e minimizando o impacto ambiental, consumindo menos energia do que os sistemas de resfriamento por imersão.
Com as crescentes demandas da computação de alta densidade, particularmente em aplicações de IA e aprendizado de máquina, o resfriamento de precisão oferecido pelo resfriamento líquido direto garante desempenho superior e longevidade de componentes críticos.
Outros pontos a considerar
Nos próximos anos, espera-se que a maioria dos data centers implemente, pelo menos parcialmente, alguma forma de tecnologia de resfriamento líquido.
Em instalações projetadas desde o início para resfriamento líquido, a construção inicial integra caminhos de resfriamento dedicados, racks de servidores especializados e sistemas de segurança robustos. Essa abordagem proativa de projeto garante que a infraestrutura seja otimizada para alto desempenho térmico e eficiência energética desde o primeiro dia, oferecendo um ambiente perfeito e pronto para o futuro para seus equipamentos de TI.
Por outro lado, data centers que adaptam instalações existentes para acomodar o resfriamento líquido enfrentam o desafio do retrofit — como reconfiguração do layout dos andares, ajustes na disposição dos racks e instalação de novas unidades de distribuição de refrigerante e sistemas de detecção de vazamentos — para suportar o resfriamento a líquido de forma eficaz. Essas atualizações podem exigir um processo de integração mais complexo, o que pode impactar a consistência durante a transição.
Instalações construídas especificamente para o resfriamento a líquido desde o início costumam apresentar melhor desempenho e eficiência, mas com um custo significativo, enquanto instalações adaptadas podem ser uma excelente opção, quando operadas por uma operadora com profundo conhecimento e experiência comprovada — como a Ascenty.
Ao selecionar uma operadora consolidada com histórico de adaptação bem-sucedida de instalações existentes, as empresas podem manter altos níveis de confiabilidade e desempenho, mesmo em ambientes inicialmente projetados para resfriamento a ar.
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