Da Inteligência Artificial ao ‘storyliving’: as novas fronteiras do audiovisual apresentadas por Disney, Paramount e ILM
Vader Immortal usa AR e VR: empresas querem transformar a forma como consumimos histórias (Crédito: Reprodução/ILM)
Na SXSW 2025, três gigantes do entretenimento – Paramount, ILM e Disney – apresentaram suas visões para o futuro da indústria audiovisual. O ponto em comum? A convergência entre tecnologia e criatividade, impulsionada pelo avanço da Inteligência Artificial, Realidade Imersiva e personalização da experiência do espectador.
“A IA não está substituindo diretores ou roteiristas, mas está ajudando a otimizar processos e a criar novas possibilidades para os criadores”, afirmou Phil Wiser, CTO da Paramount, em sua apresentação. Ele destacou três áreas em que a IA já está trazendo impactos reais: otimização de conteúdo e produção, Marketing em escala, roteirização e edição de imagem.
A Paramount está usando IA para:
Wiser apresentou vários exemplos de como os técnicos e criativos da Paramount estão otimizando o tempo das produções a partir da aplicação de Inteligência Artificial. Na produção de marketing para o filme “Imaginary Friends”, a IA foi usada para gerar personagens baseados nas descrições dos fãs. A interação personalizada resultou em um aumento no engajamento da campanha.
Outro caso apresentado foi a parceria entre a Paramount e a NFL para “Gladiator II”, em que a IA foi usada para inserir jogadores de futebol americano em um cenário épico, sem a necessidade de gravações presenciais. “A personalização é o futuro. Estamos começando a ver como a IA pode permitir conteúdos mais adaptáveis, em que o público participa da criação”, disse Wiser à plateia do SXSW.
A personalização também é a aposta da Disney, que vai explorar narrativas em que cada espectador possa ter uma experiência única. A empresa investiu mais de US$ 1,5 bilhão em pesquisa e desenvolvimento de experiências imersivas nos últimos cinco anos. “O segredo para continuar contando histórias impactantes é entender como o público consome conteúdo e integrar tecnologia, sem perder a essência”, afirmou Josh D’Amaro, presidente da Disney Parks e Resorts.
A Disney adotou as seguintes estratégias para avançar no terreno digital:
Na ILM Immersive, divisão de experiências imersivas da LucasFilm, a busca é pela integração entre entretenimento e experiência, através de tecnologia imersiva. Através de recursos de Realidade Aumentada (AR), Realidade Virtual (VR) e Realidade Mista (MR), os técnicos da ILM estão “redefinindo a forma como o público interage com histórias”. Essa aposta segue os números do mercado: segundo pesquisas do setor, o mercado global de Realidade Imersiva deve crescer 36,7% ao ano até 2030, tornando-se um dos segmentos mais lucrativos do entretenimento.
Vicki Dobbs Beck, VP de Conteúdo Inovador da ILM, explicou como essas tecnologias criam experiências interativas e emocionantes, permitindo que os espectadores não apenas assistam, mas “vivam as histórias”. “Estamos saindo do storytelling e entrando na era do ‘storyliving’. O público não quer apenas ver uma história, quer fazer parte dela”, disse Vicki.
Na SXSW 2025, a ILM destacou as experiências interativas disponíveis
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