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O mundo precisará matar a fome energética dos data centers que estão por vir para suportar toda a demanda por processamento provocada por novas tecnologias como a IA e a Computação Quântica. E o Brasil tem uma vantagem e tanto nesse mercado, para se transformar em um hub para toda a América Latina: sua matriz energética 90% renovável. Com cerca de 60% de sua energia proveniente de hidrelétricas, e um crescimento significativo em energia solar e eólica, o país tem as condições ideais para suportar as demandas crescentes de energia.

Mas não só. O governo já despertou para a imensa oportunidade de investimentos na área.De acordo com a Thymos Energia, o Brasil deve investir R$ 12 bilhões em data centers até 2026, com um aumento de 40% na capacidade instalada. As projeções apontam que os investimentos totais em infraestrutura de data centers no país possam atingir R$ 60 bilhões até 2030. O poder público pode desempenhar um papel crucial facilitando o ambiente de negócios, reduzindo a burocracia, oferecendo incentivos fiscais e garantindo uma expansão equilibrada e sustentável.

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Ascenty, maior empresa do segmento na América Latina, com 24 unidades, 20 delas em operação no Brasil, e a vigésima quinta com inauguração prevista para os próximos meses, enxerga um cenário favorável, ainda que fatores como aumento de custos operacionais, em função do cenário macroeconômico, possam representar desafios ao ritmo de desenvolvimento do setor.

A demanda por processamento é grande e precisa estar distribuída em um país com as dimensões continentais como as do Brasil. “Buscamos identificar e investir em terrenos que já tenham toda a característica necessária para construção de um data center”, explica Rodrigo Radaieski, COO da Ascenty, durante essa conversa para o podcast da The Shift sobre o presente, o passado e o futuro dos data centers. Entre as principais características, além da energia, estão a disponibilidade e a neutralidade de conectividade, e a disponibilidade de água, de mão-de-obra qualificada e de suprimentos e equipamentos.

Para as empresas que tomam decisões sobre infraestrutura atualmente, as credenciais de sustentabilidade, o potencial de escalabilidade e as opções de conectividade devem estar no topo de sua lista de avaliação. “O data center que os clientes escolhem não está apenas hospedando sua tecnologia — está se tornando uma extensão de seus objetivos comerciais e de sustentabilidade. Então, a forma como eu vou gerir o meu negócio impacta o negócio do meu cliente”, explica Rodrigo.

As obrigações ESG, a necessidade de um pegada de carbono menor e o uso crescente da Inteligência Artificial estão mudando as características dos data centers modernos.

“Veremos cada vez mais a exigência por certificações ISO 14001 de gestão ambiental e ISO 50001, de gestão energética, que a Ascenty possui”, diz Rodrigo. “Fala-se muito da questão do consumo de água, da necessidade de data centers com circuitos fechados, sem desperdício, com índice WUE próximo de zero. Que se consiga aumentar a capacidade energética, de espaço, de refrigeração de forma modular, adicionando pouco a pouco, para garantir um crescimento mais sustentável. De data centers multiuso e as a service, com capacidade computacional usada sob demanda”.

Essas tendências refletem um movimento em direção a operações mais eficientes e sustentáveis, com as quais a Ascenty está alinhada em seus serviços no Brasil, inclusive. Vale conferir o podcast, abaixo.