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Setor tem 43% das empresas em estágio transformacional de IA, mas só 20% relatam ganhos financeiros superiores (Crédito: Freepik)
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O dilema da IA em Life Sciences: maturidade alta, retorno baixo

Apesar da adoção de IA, pilotos no setor ainda focam em tarefas simples, longe de impactar modelos operacionais

O setor de Life Sciences lidera a média da indústria em maturidade de IA, com 43% das organizações se classificando no estágio “transformacional”, frente a 35% na média de todos os setores. A previsão para 2027 é que esse índice chegue a 59%. Apesar disso, os ganhos financeiros não acompanham o mesmo ritmo. Apenas 20% das empresas de Life Sciences com maior maturidade em IA relatam desempenho financeiro superior ao de seus pares. O MIT, em seu estudo “The GenAI Divide: State of AI in Business 2025”, aponta que 95% dos projetos de GenAI ainda não apresentam impacto mensurável no lucro das empresas, e apenas 5% das ferramentas personalizadas chegam de fato à produção.

Apesar dos testes com IA Generativa, as mudanças nos modelos operacionais ainda ficam na superfície. A maior parte dos pilotos em Life Sciences está limitada a tarefas como transcrição de documentos ou geração de relatórios. Mas os desafios reais da indústria – como validação de dados de controle de qualidade, automação de dossiês regulatórios ou análise preditiva de cadeias logísticas – exigem ferramentas contextualizadas e confiáveis. O MIT atribui à indústria de Healthcare e Pharma a nota 0.5/5 em disrupção estrutural. 

Há, inclusive, um declínio nas projeções de futuro: se em 2024, 64% das empresas esperavam atingir um estágio “transformacional” até 2027, esse número caiu para 59% em 2025.

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