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A corrida por IA revelou um paradoxo estrutural: o futuro da tecnologia depende de aço, energia e fibra. Modelos generativos e inferências em larga escala exigem throughput extremo, latência mínima e resiliência energética — dimensões que a nuvem pública, sozinha, não entrega. O colocation de alta densidade volta ao centro da estratégia corporativa como base física e previsível para o crescimento digital das próximas décadas.

O mercado descreve o colocation de IA como a prática de hospedar hardware crítico — GPUs, TPUs e HPCs — em data centers de terceiros. O modelo reduz CapEx, permite escalar energia e refrigeração sob demanda e garante compliance em setores regulados (GDPR, HIPAA, LGPD). Para workloads de inferência contínua, o colocation oferece o que a nuvem não entrega: previsibilidade de custo, latência controlada e uptime garantido.

Em síntese, o colocation é infraestrutura como vantagem competitiva, não apenas hospedagem.

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Outro aspecto crítico dos data centers de colocation na era da IA é a ênfase em segurança e conformidade. À medida que os sistemas de IA se tornam mais difundidos e lidam com dados sensíveis, garantir medidas robustas de segurança cibernética e aderir a regulamentações rigorosas de privacidade de dados é fundamental.

Ao oferecer recursos computacionais escaláveis, medidas de segurança robustas e práticas sustentáveis, os provedores de colocation permitem que as organizações naveguem pelas complexidades da adoção da IA, impulsionem a inovação e desbloqueiem novas possibilidades.

Segundo a Research and Markets (2025), o mercado global de colocation atingirá 569,58 bilhões até 2034, impulsionado pelas demandas de IA e pela expansão de redes de baixa latência. Estudo da Data Bridge Market Research estima CAGR de  43,50% no investimento global em infraestrutura de IA até 2032. A IDC indica que 20% da capacidade mundial de data centers já é consumida por IA.

“Temos visto clientes ávidos por espaço em nossos data centers para atender à demanda crescente por conectividade e infraestrutura para IA”, explica Christopher Torto, fundador e CEO da Ascenty.

O executivo acredita que a IA vai modificar ainda mais a sociedade nos próximos anos. “Eu sei que vai, e a Ascenty está preparada para oferecer a infraestrutura adequada para que essas aplicações aconteçam — com data centers maiores, energia viabilizada e refrigeração compatível com a potência de um rack de IA, quase dez vezes superior ao padrão atual. Isso exigirá muitos investimentos de nossa parte. E estamos preparados”, finaliza Torto.

Implicações para executivos

  • ROI e previsibilidade: workloads estáveis de IA exigem custos de energia e rede fixos; colocation entrega essa previsibilidade.
  • Governança e soberania: infraestrutura local simplifica compliance com LGPD e políticas de residência de dados.
  • Eficiência energética: densidade e resfriamento líquido tornam‑se diferenciais de custo e ESG.
  • Tempo‑para‑poder: disponibilidade de energia e interconexão é gargalo competitivo.
  • Modelo híbrido: integração com nuvens públicas via links privados reduz latência e egress.
  • Capacidade regional: proximidade a IXs (ex.: IX.br com 40,26 Tbit/s em abr 2025) melhora custo‑benefício e resiliência.

Infraestrutura é o novo diferencial competitivo. A IA pode ser o motor da transformação digital, mas energia, refrigeração e conectividade são o combustível. Quem dominar essas três variáveis — com governança, previsibilidade e ROI sustentável — dominará a economia digital.