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09/09/2024

Automatizar processos repetitivos libera os profissionais para se concentrarem em tarefas de maior valor agregado, com impacto na satisfação no trabalho e na retenção de talentos (Crédito: Freepik)

Crescer. Qual é a empresa que não quer? Mas quando as coisas mudam muito rápido, a expansão geralmente vem acompanhada de uma sobrecarga tecnológica nas redes de segurança cibernética. Para integrar recursos, ampliar capacidade, lidar com um volume grande de dados e garantir a segurança cibernética da empresa de forma contínua, é preciso automação.

A automação na cibersegurança não é apenas uma tendência, mas uma necessidade estratégica para empresas que querem se manter seguras e competitivas no ambiente digital. Ela é especialmente valiosa em áreas em que a velocidade e a precisão são essenciais. Ferramentas avançadas, como as plataformas de Segurança, Orquestração, Automação e Resposta (SOAR) e as aplicações de Inteligência Artificial (IA) e Aprendizado de Máquina (Machine Learning), oferecem uma visão clara de incidentes cibernéticos. Empresas que adotam essas tecnologias relatam tempos de detecção e resposta 50% mais rápidos comparados a organizações que dependem mais de processos manuais.

Em cibersegurança, o erro humano continua a ser um facilitador de ataques cibernéticos. A baixa adesão de colaboradores às melhores práticas fora do departamento de TI aparece como terceiro maior desafio interno das organizações no relatório “2023 EY Global Cybersecurity Leadership Insights Study”, da EY, que orienta como Chief Information Security Officers (CISOs) podem se manter à frente das ameaças cibernéticas. Simplificar sistemas e reduzir a complexidade podem ter esse papel dentro da empresa e estão na base das soluções de automação.

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“Consolidar a tecnologia em uma única plataforma e reduzir o número de produtos do fornecedor facilita a integração, permite que a telemetria flutue para a superfície com mais facilidade e ajuda as equipes a detectar incidentes com mais eficiência”, aponta o relatório. A pesquisa revela que 84% das organizações estão nos estágios iniciais de somar duas ou mais tecnologias ao seu arsenal de cibersegurança e explica como CISOs precisam transformar a maneira como a tecnologia de cibersegurança é introduzida em toda a empresa, a partir de uma estratégia holística.

“É preciso investir em um desenho mais simplificado para diminuir a possibilidade de falhas”, diz Márcia Bolesina, sócia da área de Cibersegurança da EY. Com 22 anos de experiência em segurança cibernética, ela reforça a importância de ter sistemas que apoiam de forma automatizada as funções que hoje são desempenhadas pela IA e pela IA Generativa para ganhar em agilidade, eficiência e cobertura. “Quando a gente pensa nas empresas que são Secure Creators, elas reduzem a fricção, simplificando as melhores práticas para que façam sentido e as pessoas consigam de fato aplicar”, explica Márcia. “Com isso, as empresas ganham muito em segurança”.

Secure Creators é a denominação usada pela EY para definir organizações com funções de segurança mais efetivas, que adotam tecnologias emergentes de defesa cibernética, incluindo o uso da IA e da IA Generativa. Embora 70% dessas empresas se definam como “pioneiras” na adoção de tecnologias emergentes, o seu foco está nas soluções avançadas para simplificar seu ambiente, especialmente através da aplicação de automação. Mais da metade das organizações Secure Creators estão nos estágios finais de adoção de SOAR frente a 37% dos concorrentes. 

A automação também ajuda a reduzir custos operacionais. A EY estima que a adoção de IA na defesa cibernética pode resultar em ganhos de eficiência que variam de 15% a 40%. Esses ganhos fazem toda a diferença em um momento em que faltam profissionais com as habilidades cibernéticas demandadas e os custos de pessoal estão aumentando. Automatizar processos repetitivos libera os profissionais para se concentrarem em tarefas de maior valor agregado, com impacto na satisfação no trabalho e na retenção de talentos.

Para colher os melhores resultados, as organizações devem equilibrar a automação com o controle humano, especialmente em áreas em que o julgamento e a experiência são críticos. A abordagem ideal, de acordo com a EY, combina “captura e bloqueio” automatizados com decisões humanas de “revisão e liberação”. O sucesso depende de uma implementação cuidadosa e de uma estratégia que aproveite o que humanos e máquinas têm de melhor – integrando tecnologia e experiência humana de forma efetiva.