A atividade de hackers contra empresas mais que dobrou no mês passado, em vários países, com cibercriminosos aproveitando a segurança enfraquecida pelas políticas de combate ao coronavírus. O secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, chegou a emitir um alerta esta semana no qual afirma que hospitais e organizações médicas se tornaram alvos de cibercriminosos que procuram "lucrar às custas dos doentes".
De acordo com o vice-diretor assistente do Federal Bureau of Investigations (FBI), Tonya Ugoretz, o número de crimes cibernéticos reportados para a agência mais do que triplicou em meio à pandemia de Covid-19. Só os ataques de ransomware aumentaram 148% em março em relação ao mês anterior, segundo a empresa de software e segurança VMware Carbon Black. Um deles teve como vítima a empresa de TI Cognizant, afirma a BleepingComputer. A Europol chegou a emitir um alerta, no início de abril, no qual destaca a extorsão online como um dos maiores problemas.
Nos Estados Unidos uma coalizão de grandes grupos de tecnologia pediu à presidente da Câmara, Nancy Pelosi (D-Califórnia) e ao líder da minoria da Câmara, Kevin McCarthy (R-Califórnia), que os fundos de segurança cibernética sejam priorizados nos futuros pacotes de financiamento do Congresso. A maior preocupação é justamente com o aumento dos ataques de ransomware às instituições públicas.
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