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INOVAÇÃO

A inovação aberta entre empresas e universidades

Para Bruno Rondani, CEO e fundador da 100 Open Startups, desenvolvimento da vacina contra a Covid-19 é um exemplo claro de open innovation

Por João Ortega 02/03/2021

Inovar é colaborar: este é o princípio básico da inovação aberta, prática que vem sendo adotada por grandes empresas especialmente na relação com startups. No entanto, open innovation, como também é conhecido o conceito, não está restrito ao vínculo entre estes dois agentes do ecossistema. Pelo contrário, as universidades são essenciais para uma agenda realmente inovadora.

A interação entre universidades públicas e empresas é subestimada no Brasil. Um estudo realizado por Carlos Henrique Brito Cruz, diretor da Fapesp, mostra que o número de artigos científicos realizados em coautoria por pesquisadores da academia e da indústria cresceu a uma taxa média de 14% ao ano entre 1980 e 2018, passando de pouco mais de uma dezena para mais de 1,5 mil ao final do período.

A interação com a academia é mais comum para grandes corporações, mas também acontece com empresas menores. Dados reunidos pela Folha mostram que, de 2015 a 2019, 170 estudos científicos, publicados em periódicos acadêmicos nacionais e estrangeiros, foram assinados simultaneamente por autores de universidades e de pequenas empresas. O montante, claro, é incomparável com a ciência das gigantes. A maioria das colaborações científicas entre universidades e empresas no Brasil é estabelecida com farmacêuticas estrangeiras como Pfizer, Johnson & Johnson, Merck e Roche —que renderam dez vezes mais artigos científicos no período (1.848). Entre companhias nacionais, o destaque é da Petrobras, que assinou 543 trabalhos.

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