Globalmente, data centers de IA podem precisar de 10 gigawatts de capacidade energética adicional em 2025. Se o crescimento exponencial no fornecimento de chips continuar, os data centers de IA precisarão de 68 GW até 2027 — quase o dobro das necessidades globais de energia de data centers de 2022, segundo o mais recente relatório da RAND a respeito.
De onde virá essa energia? Segundo o próprio relatório, de países que oferecem melhor disponibilidade de energia limpa e licenciamento mais rápido, como o Brasil. Mas também de melhorias que promovam a eficiência energética da indústria eletrônica e dos data centers, visando reduzir os requisitos de energia para IA, tornando o cenário menos desafiador.
O aumento do consumo de energia é, sem dúvida, o maior dos impactos ambientais da IA. A inferência, quando escalada para milhões/bilhões de consultas diárias, pode igualar ou até superar o consumo energético do treinamento dos modelos, ao longo do tempo.
Mas outros dois aspectos começam a ser mitigados pelos operadores de data centers: o lixo eletrônico e o consumo de água. Como? Reciclando água e reutilizando componentes sempre que possível, por exemplo. Mas, principalmente, construindo data centers mais verdes, usando energia renovável e compensando suas emissões de carbono.
O paradoxo da IA? Sua fome por energia está acelerando a transição para energia limpa. De acordo com a Fortune Business Insider, o mercado para data centers verdes deve crescer 18% ao ano até 2032.
“A Ascenty está ciente dos desafios da sustentabilidade no mundo da TI e dos dados — e atua de forma proativa para ser um motor da mudança. Há anos temos investido em uma infraestrutura tecnológica sustentável, comenta Rodrigo Radaieski, COO da Ascenty. Isso inclui parcerias com empresas especializadas para o descarte correto de resíduos, e programas de redução do consumo de energia e água.
Data centers produzem lixo eletrônico, que geralmente contém substâncias perigosas, como mercúrio e chumbo. A reciclagem de resíduos é essencial, portanto, para a sustentabilidade e minimização de impactos ambientais.
“Reusar componentes é uma ótima ideia. Escolher fornecedores certos e firmar parcerias para reciclar lixo eletrônico também é importante”, explica Radaieski. “Nossas unidades possuem todo o cuidado com o envio de resíduos para reciclagem, como materiais perigosos, equipamentos utilizados na operação, itens de combate a incêndio e controle de pragas. Todos esses descartes são feitos em centros especializados”, explica.
Dentre os resíduos gerados, os que têm maior chance de gerar impacto de contaminação do solo e da água são os contaminados com produtos químicos, os óleos e as baterias (os três gerados na operação da empresa). Por esse motivo, todos são adequadamente armazenados até a sua destinação ambientalmente adequada.
A Ascenty adota uma gestão de resíduos alinhada à legislação ambiental de cada local onde atua. A estratégia segue a hierarquia de gestão, priorizando a prevenção e redução da geração, seguida por reutilização, reciclagem, recuperação e, por fim, disposição adequada.
O processo começa com a identificação da origem e composição dos resíduos, classificados como perigosos ou não perigosos.
Todos os resíduos são registrados em portais governamentais, com dados sobre caracterização, quantidade, transporte e destinação. O processo é finalizado com a emissão do Certificado de Destinação Final (CDF). Desde 2023, a Ascenty implementou um programa de logística reversa de baterias em parceria com fabricantes, garantindo sua destinação adequada e reinserção na cadeia produtiva. A empresa segue comprometida com a redução de impactos ambientais e o aprimoramento contínuo de suas práticas, promovendo a economia circular.
Outros passos importantes para os data centers são reduzir a quantidade de equipamentos que compram e adotar medidas para estender o ciclo de vida do equipamento.
Data centers usam água durante a construção e, uma vez operacionais, para resfriar componentes elétricos. Globalmente, a infraestrutura relacionada à IA pode em breve consumir seis vezes mais água do que a Dinamarca, um país com 6 milhões de habitantes, estima pesquisa recente.
Para redução do consumo de água em data centers, é crucial adotar um enfoque multifocal que inclua aprimoramento da eficiência dos sistemas de refrigeração, exploração de fontes alternativas de água e monitoramento constante do consumo, identificando possíveis desperdícios e otimizando o uso do recurso.
“Desde o princípio, a Ascenty adotou projetos de data centers que não consomem água, utilizando centrais de água gelada em circuito fechado”, comenta Radaieski. Como resultado, o WUE (Water Usage Effectiveness) dos data centers da Ascenty é igual a zero. O índice quantifica a eficiência do uso de água pela infraestrutura do data center para resfriamento em relação à energia consumida pelo equipamento de TI.
Tecnologias avançadas de resfriamento estão na vanguarda dos esforços de eficiência energética. Sistemas de resfriamento líquido, antes reservados para supercomputadores, estão se tornando comuns em data centers. Empresas como Google e Microsoft estão utilizando essas tecnologias, implementando resfriamento líquido em seus data centers para lidar com o calor gerado pelas cargas de trabalho de IA.
O gerenciamento térmico baseado em IA é outro divisor de águas. Algoritmos de aprendizado de máquina podem prever padrões de calor e ajustar os sistemas de resfriamento em tempo real, otimizando o uso de energia e mantendo as temperaturas operacionais ideais. A DeepMind, por exemplo, reduziu o consumo de energia para resfriamento do data center do Google em 40% usando recomendações baseadas em IA.
O uso de energia 100% renovável, como tem feito a Ascentyl desde 2020, estabelece novos padrões de sustentabilidade no setor de tecnologia. A maioria dos operadores de data centers se comprometeu com metas de 100% de energia renovável até 2030.
Há ainda três desenvolvimentos importantes que devem revolucionar a sustentabilidade dos data centers e reduzir o impacto ambiental da IA, que os líderes do setor de tecnologia devem acompanhar de perto:
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