Indústria automotiva caminha para se tornar digital e circular

Em 2015, o Fórum Econômico Mundial previu que a transformação digital da indústria automotiva teria potencial de gerar US$ 3,1 trilhões em ganhos para a sociedade global nos próximos dez anos. Mais da metade do prazo já se foi, e, no Brasil, o setor ainda se encontra em um momento de repensar modelos de negócio, entender as dores do mercado e adequar-se às tendências da economia digital.

Startups participam deste movimento levando disrupção a pontos específicos da cadeia automotiva. É o caso da Volanty, que desde janeiro de 2020 está transformando como se vende e compra carros usados no Brasil. A empresa, que hoje opera em São Paulo e no Rio de Janeiro, compra, reforma e revende veículos em uma plataforma digital. A precificação é feita por um algoritmo, há opção de test-drive digital e, se o cliente quiser, todo o processo de compra pode ser feito no ambiente digital. Há também a possibilidade de fazer a aquisição em um dos seis pontos físicos da startup.

“Compra e venda de carros usados é um mercado em que a tecnologia é pouco utilizada e gera receita a partir do primeiro dia”, diz Mauricio Feldman, CEO da Volanty, em entrevista exclusiva. “Era um mercado que estava precisando de disrupção há décadas. A única evolução que houve no modelo desde 1930 é que os anúncios saíram do jornal impresso e foram para o online. Continuou com o mesmo formato, com os mesmos problemas. A partir do momento em que você coloca o cliente em primeiro lugar e insere tecnologia em todos os pontos da jornada, você gera disrupção no mercado”.