Algoritmos de Inteligência Artificial estão cada vez mais presentes no cotidiano. Isso não significa necessariamente, porém, que a precisão e eficiência destes sistemas foram validadas antes de começar a operar. Em muitos casos, as soluções de IA são testadas nos próprios consumidores, direto no mercado - o que está prejudicando diretamente a vida de muita gente.
Em entrevista à startup Deepnews AI, a pesquisadora Clarissa Véliz, da Universidade de Oxford, afirma que este é um dos problemas mais alarmantes da indústria, ainda que seja pouco falado. “As pessoas estão sendo usadas como cobaias", destaca. Para a especialista, é preciso criar um padrão global tal qual ocorreu na indústria médica e farmacêutica no século XX.
“Temos muito a aprender com a evolução da ética médica. Na década de 1950, quando um paciente ia a um hospital, ele poderia estar fazendo parte de um experimento com um remédio sem saber. Na medida em que foi desenvolvido um código de ética neste sentido, foi estabelecido que esta prática não é aceitável. Se uma instituição for realizar um estudo, é preciso notificar o paciente, obter consentimento e compensá-lo de alguma forma”, diz a pesquisadora.
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Além de inventar novos medicamentos, a IA está sendo usada para identificar novos alvos – isto é, o local ao qual uma droga se liga no corpo e outra parte importante do processo de descoberta de tratamentos
Em alguns casos será preciso refazer alguns algorítmicos baseados no princípio de que padrões e comportamentos do passado se repetem no futuro. Em outros, recalibrar a série histórica
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