The Shift

Faltam mulheres na liderança e nos boards

A CEO da Nasdaq, Adena Friedman

A ONG norte-americana Catalyst, criada em 1962, é uma das referências em ações para melhoria da participação feminina no mercado de trabalho. A pirâmide mostra o percentual de mulheres trabalhando nas 500 empresas do índice Standard & Poor’s 500 (S&P), composto por 500 ativos cotados nas bolsas NYSE e NASDAQ. Só 5,8% das empresas do S&P têm mulheres como CEOs.

Em números absolutos, no final de 2019 eram 29 mulheres CEOs (veja a lista inteira aqui). Mas até o meio de 2020 a lista muda para 27: saem 4, incluindo Ginni Rometty, (anunciada na semana passada) e entram duas novas CEOs. O cenário fica ainda mais complicado quando falamos de raça: mulheres negras (3,8%), latinas (6,2%) ou asiáticas (2,4%) são presença ainda mais escassa na liderança.

A diversidade nos conselhos administrativos é outro ponto: outra pesquisa da Catalyst mostra que é um terreno ocupado majoritariamente por homens brancos (2/3 do total de 5.670 cadeiras em 2018). O banco Goldman Sachs resolveu influenciar o cenário declarando que a partir de 30 de junho de 2020 só atuará na abertura de capital (IPO) de empresas americanas ou europeias que tenham pelo menos uma mulher no board.

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No Brasil, a pesquisa Panorama Mulher, feita pela Talenses e o Insper, também mapeia a presença de mulheres no mercado de trabalho. O estudo reúne dados de 532 empresas de todos os tamanhos, e identificou que apenas 1% das empresas de capital aberto no Brasil tinham CEOs mulheres em 2019.