The Shift

Empregos em TI estão em alta durante a pandemia

A demanda por profissionais na área de tecnologia está crescendo nos últimos meses no Brasil. Um levantamento do LinkedIn referente aos meses de junho e julho apresenta as dez posições mais procuradas por empregadores na plataforma. No topo da lista está o cargo de Engenheiro de Software, com 627 vagas abertas, que corresponde a um aumento de 340% no período.

Exceto o segundo lugar no ranking, ocupado pelo cargo de consultor de negócios, as oito demais profissões em destaque são da área de tecnologia. O levantamento corrobora com a previsão de que o setor de TI deve crescer 10% no Brasil este ano, mesmo com a crise econômica gerada pela pandemia, que foi responsável pelo corte de 1,1 milhão de empregos formais até maio.

Logo no início do ano, o LinkedIn havia divulgado uma previsão das 15 profissões emergentes no Brasil. A publicação já destacava algumas funções no setor de TI, como programador JavaScript, engenheiro de software, engenheiro de dados e especialista em Inteligência Artificial. No entanto, a comparação entre a lista atual e a expectativa divulgada pela rede no início do ano mostra que, de fato, as empresas priorizaram o investimento em tecnologia para responder aos impactos da pandemia em seus negócios.

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Pesquisa da Brasscom aponta que há, no país, um desequilíbrio entre a oferta e demanda de profissionais de TI. São formadas na área, por ano, 24 mil pessoas a menos do que o necessário para ocupar as vagas criadas. A chegada do 5G no Brasil pode tornar essa lacuna ainda maior.

O LinkedIn indica também as principais habilidades que podem ser diferenciais na hora de ser contratado. Profissionais que buscam se capacitar para entrar no setor de tecnologia têm opções de cursos gratuitos para gerir os próprios estudos. São os casos do marketplace Udemy e da iniciativa Learn Digital do Google.

Para quem procura um aprendizado mais estruturado, duas escolas de programação oferecem ensino gratuito no Brasil: a Trybe, que está com matrícula aberta no curso à distância, tem um modelo de negócio em que o aluno só paga mensalidade quando estiver contratado no mercado de tecnologia; e a 42, inovadora escola de programação sem professores, que está preparando o retorno do processo seletivo para novas turmas.