Mulheres na liderança: cadê a mudança?

Mulheres líderes são mais aceitas em setores como entretenimento, mídia, ciência e até economia. Já para setores como indústria automobilística, gaming e defesa, o apoio é bem menor, de acordo com um estudo da Kantar.

Reykjavik Index for Leadership, que mede o quanto homens e mulheres são vistos igualmente em termos de adequação para posições de poder, apontou que a balança pesa contra as mulheres – mesmo quando se trata de reconhecer suas conquistas. Embora líderes como Jacinda Ardern (Nova Zelândia) e Angela Merkel (Alemanha) tenham sido elogiadas pela forma como lidaram com a pandemia em seus países, a atitude em relação a elas não melhorou.

O estudo apontou que 52% das pessoas em países do G7 se sentiriam "muito confortáveis" com uma mulher no posto mais alto do governo. As mulheres mostraram um ponto de vista mais progressivo em relação a igualdade entre homens e mulheres na liderança, principalmente na faixa de 18-34 anos. Em compensação, entre os homens do mesmo grupo se concentrou a visão menos progressista. "Não podemos presumir que a igualdade entre homens e mulheres está indo na direção certa", afirma Michelle Harrison, CEO da divisão pública da Kantar e cofundadora do indicador.