O modelo no qual os líderes de bens de consumo confiaram por anos já não está gerando crescimento estável. Na última década, o setor viu as margens se estreitarem e piorar o desempenho do mercado de ações. Não basta construir marcas, criar produtos inovadores por criar, expandir as operações para mercados em desenvolvimento e fazer parceria com novos canais de distribuição.
O que mudou? Uma série de tendências, incluindo o domínio da mídia digital e a expansão de pequenas marcas, que estão mudando radicalmente os métodos tradicionais de promoção de marcas e transformação dos canais de vendas. A crise do COVID-19 acelerou muitas dessas mudanças.
Em um mundo pós-pandêmico, esse desafio de antecipar as necessidades dos consumidores e medir e gerenciar a inovação para atender a essas necessidades provavelmente ficará mais difícil como resultado de uma ruptura comportamental duradoura e massiva entre consumidores, categorias e canais.
O ponto de inflexão, no entanto, está no comportamento dos novos consumidores. Muitos deles, especialmente os compradores das gerações Y e Z, se preocupam com sua imagem e compram produtos como um meio de expressão pessoal. Esses consumidores autoconscientes buscam marcas éticas, sustentáveis e que fazem uma diferença positiva no mundo. Para permanecerem relevantes, os líderes de bens de consumo precisam imbuir suas marcas de propósito e originalidade. E proporcionar boas experiências. Apenas 10% dos consumidores concordam fortemente que a maioria das marcas atende às expectativas de uma boa experiência.
Para prosperar nesta nova era, os líderes do setor precisam de uma nova estratégia. Para começar, as empresas precisarão investir em marketing orientado para a relevância, que deve incluir uma segmentação mais precisa dos consumidores. E também desenvolver seus próprios modelos operacionais, digitalizando sempre que possível – permitindo mudanças rápidas e crescimento da produtividade.