Agrifoodtechs são cada vez mais atrativas para investidores

O planeta enfrenta alguns desafios: garantir a segurança alimentar e combater as mudanças climáticas. As agrifoodtechs são parte da resposta para ambas as questões por criarem inovações capazes de tornar a produção de alimentos mais eficaz e menos emissora de gases do efeito estufa. É esse o cenário por trás do aumento dos investimentos nas startups do setor de agricultura e alimentos, como demonstram os relatórios da AgFunder e do Pitchbook. O primeiro indica que as agrifoodtechs captaram US$ 51,7 bilhões em 2021 - um aumento de 85% ante 2020. Já o levantamento do Pitchbook aponta que os aportes de venture capital somaram US$ 10,5 bilhões no último ano, em um recorte que só leva em conta as agtechs.

Aumentar a produção alimentar de forma sustentável é essencial para que o mundo consiga lidar com o crescimento populacional e a crise climática. Ao mesmo tempo que a população global deve se aproximar dos 10 bilhões em 2050, as plantações são ameaçadas por eventos climáticos extremos. Somado a isso, a guerra na Ucrânia impacta a produção de grãos e a exportação de fertilizantes, mais um alerta para o setor. É preciso produzir mais com menos, o que torna a tecnologia das agtechs essencial.

Os investimentos são crescentes. De acordo com o Pitchbook, as startups do agro modernas começaram a atrair capital há pouco mais de uma década, com a indústria levantando US$ 230,1 milhões em 2010. Em 2012, segundo o AgFunder, o setor de agrifoodtech como um todo captou US$ 3,1 bilhões. Desde então, o trajeto de crescimento não tem sofrido muitas interrupções. O destaque vai para 2021, cujo tema foi dobrar a aposta nessas startups, classifica o AgFunder.