Startups: mais investimento, mas não para as iniciantes

Ao que consta, o ano vai fechar com muito champagne para uma parte do setor de startups no Brasil. Para aquelas que já são conhecidas dos investidores ou contaram com algumas rodadas, nem parece um ano de pandemia: US$ 2,2 bilhões foram aportados de janeiro a setembro, segundo levantamento da Distrito. Isso equivale a 82% do total injetado no mercado em 2019. E olha que no ano passado, startups como QuintoAndar, Gypass e Loggi participaram de rodadas que, somadas, movimentaram US$ 1,3 bilhão.

Somente em setembro, as startups brasileiras receberam US$ 843 milhões em investimentos. O número de aportes, por sua vez, já é recorde: 322 cheques contra 263 investimentos em 2017, melhor resultado até o momento.

Esse movimento mira o que está acontecendo nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Lá como aqui, a pandemia forçou a aceleração do processo de transformação digital de várias empresas. Muitas decidiram que seria melhor sair às compras ou investir em startups como forma de trazer a digitalização para dentro de casa. Os investidores fizeram sua parte e investiram. Somente nos Estados Unidos foram mais de US$ 30 bilhões em cada trimestre deste ano.