Parte dos pedidos feitos pelo iFood na região de Aracaju chega pelos ares. A empresa usa drones para realizar entregas entre o Shopping RioMar e Barra dos Coqueiros. Assim, ficou mais viável atender a demanda do município. Antes, o entregador precisava atravessar uma ponte e enfrentar o engarrafamento. Agora, o drone sobrevoa o Rio Sergipe. Uma entrega que demorava até 50 minutos passou a ser feita em apenas 15. A operação só foi possível graças à parceria com a Speedbird Aero. A startup brasileira atua no modelo de Drone as a Service. O foco é em logística. A companhia é a primeira a receber certificação da ANAC para operar aeronaves não tripuladas para entregas em caráter comercial. De olho na tendência de crescimento do segmento, a empresa quer levar mais encomendas aos céus.
As possíveis aplicações de drones para entregas são múltiplas. O transporte de bolsas de sangue para transfusão, suprimentos médicos, vacinas, eletrônicos e hambúrgueres são algumas das possibilidades citadas pela McKinsey. Além do case do iFood, a Speedbird já atuou com empresas como Ambev, Laboratório Hermes Pardini e Natura. Para a BRF, a startup utiliza aeronaves não tripuladas para transportar sêmen de suínos para granjas. A operação é vital para a companhia, que tem que fazer nascer um leitão a cada três segundos. O método substitui o transporte por camionete climatizada, que demorava mais para atender as propriedades rurais. Em um país com gargalos logísticos como o Brasil, o uso de drones é uma oportunidade de otimizar a logística, especialmente na última milha.
A McKinsey estima que mais de 2 mil entregas por drones ocorreram por dia globalmente no começo de 2022. A projeção é chegar perto da marca de 1,5 milhões de entregas no ano - um salto ante os 500 mil de 2021. A América Latina deve ser a região com o maior número de entregas em 2022. “O mercado está amadurecendo no mundo inteiro. No Brasil, temos uma legislação muito boa e que se torna a cada dia melhor. A Speedbird está encabeçando a parte de delivery, mas várias outras empresas brasileiras atuam com drones. Isso nos faz ter muito orgulho da nossa posição no mundo como construtores e geradores de tecnologia”, afirma Manoel Coelho, fundador e CEO da Speedbird.
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