IA, uma revolução sem precedentes

Mary Meeker, uma das mais influentes observadoras de tendências tecnológicas de Wall Street, está de volta, após um hiato de quatro anos, com um relatório de 340 páginas, repleto de dados, que descreve a adoção da IA como “historicamente sem precedentes”, tanto em velocidade quanto em escala. O TechCrunch observou que Meeker usou o termo “sem precedentes” em 51 slides para enfatizar como a adoção e a inovação da IA são diferentes de tudo que veio antes.

Apesar do ritmo acelerado da inovação impulsionada pela IA, o caminho para a lucratividade permanece obscuro. Até mesmo a OpenAI gerou cerca de US$ 3,7 bilhões em receita em 2024, mas investiu ainda mais em capacidade computacional. Coletivamente, os principais laboratórios de IA são avaliados em cerca de US$ 400 bilhões e arrecadaram US$ 95 bilhões – mas muitos operam com prejuízo. Parece familiar? Meeker compara isso a como Uber e Tesla “queimaram dinheiro” por anos, antes de encontrar modelos de negócio sustentáveis. Em sua análise orientada ao mercado, Mary Meeker:

• celebra o impacto da IA ​​na educação como potencialmente transformador, em vez de ameaçador;
• elogia a disposição da OpenAI em lançar produtos imperfeitos – algo que os gigantes estabelecidos não poderiam arriscar;
• dá atenção mínima às preocupações com a ética da IA ​​ou aos apelos regulatórios que dominam a cobertura geral;
• enfatiza que os maiores impactos da IA ​​estão acontecendo fora dos centros de tecnologia, na saúde, agricultura e manufatura.

Meeker acredita que estamos testemunhando o início de um “novo superciclo” na tecnologia – um ciclo que avança duas vezes mais rápido e será de 5 a 10 vezes maior do que as revoluções anteriores da computação. Sua mensagem para universidades, empresas e formuladores de políticas é clara: adaptem-se rapidamente ou irão se tornar irrelevantes no futuro impulsionado pela IA.