A IA Agêntica tem um papel fundamental de integração transversal nas organizações, facilitando colaboração e fluidez entre áreas que antes operavam em silos (Crédito: Freepik)
Nos últimos dois anos, a Inteligência Artificial saiu da zona de experimentação para entrar como prioridade nas agendas corporativas. Mas os movimentos de mudança agora são bem mais velozes. Nem bem a IA Generativa esquentou os motores, a IA Agêntica entrou no radar, com força, impulsionada pelas ofertas das empresas de tecnologia e pela evolução dos modelos fundacionais que incorporaram ferramentas NoCode e LowCode para criar agentes.
No início do ano, um relatório global da EY – “Top 10 Opportunities for Technology Companies in 2025” – sinalizava que os agentes autônomos entrariam no centro das atenções à medida que as empresas buscam capturar retornos tangíveis sobre seus investimentos em tecnologias emergentes.
Entramos no segundo semestre de 2025 vendo o avanço dos agentes autônomos, capazes de executar tarefas complexas com pouca ou nenhuma intervenção humana contínua. Nos Estados Unidos, por exemplo, a pesquisa “Technology Pulse” da EY, feita com 500 líderes de tecnologia, mostra que 48% estão adotando IA Agêntica nas suas organizações e 50% deles preveem que mais da metade de suas operações de IA vão operar de forma autônoma em 24 meses.
A ambição tecnológica move os ponteiros do mercado: para a Precedence Research, o mercado global de agentes autônomos pode saltar de US$ 7,55 bilhões em 2025 para US$ 199 bilhões em 2034.
Mais do que responder, os agentes atuam
São aplicações que já demonstram valor prático:
- Atendimento ao cliente com personalização em tempo real;
- Análises fiscais e regulatórias com maior precisão e velocidade;
- Backoffice automatizado com liberação de tempo para decisões estratégicas.
A IA Agêntica, segundo a EY, tem um papel fundamental de integração transversal nas organizações, facilitando colaboração e fluidez entre áreas que antes operavam em silos, como tecnologia e negócios. Mas para isso, é preciso que as empresas passem por um processo disciplinado de preparação e orquestração de suas iniciativas de IA e a adoção de um framework consistente de governança que leve à IA Responsável, aponta Andrei Graça, líder de IA, Dados e GenAI da EY Brasil.
A autonomia, diz Andrei, traz consigo novos desafios, como:
- Governança de dados e qualidade da informação;
- Estruturas de compliance regulatório, tributário e jurídico;
- Capacitação contínua das equipes para lidar com supervisão e curadoria dos agentes.
“A maturidade das empresas na orquestração organizacional será o verdadeiro diferencial competitivo nesta nova etapa da jornada de IA corporativa”, garante o executivo.