Em uma sociedade cercada por algoritmos enigmáticos e vastos sistemas de vigilância, a transparência é frequentemente saudada como a super-heroína da democracia liberal. Acontece que, sem suporte adequado, ela pode rapidamente se tornar combustível para especulação e mal-entendidos, revela Sun-ha Hong, autor do livro "Technologies of Speculation - The Limits of Knowledge in a Data-Driven Society". Na opinião dele, o público está sobrecarregado com deveres que possivelmente não pode cumprir: ler todos os termos de serviço, entender cada caso complexo de dano algorítmico, verificar cada notícia.
A transparência não pode resolver nossos problemas sozinha. Em seu livro "The Rise of the Right to Know", o jornalista Michael Schudson argumenta que a transparência é melhor entendida como uma “moralidade secundária ou procedimental”: uma ferramenta que só se torna efetiva por outros meios. Devemos ir além do mito pernicioso da transparência como uma solução universal.
Ontem, descrevendo a privacidade como um direito humano, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, voltou a defender uma regulamentação global sobre segurança e privacidade de dados, que garanta que os produtos e serviços de tecnologia sejam seguros para uso. E que, em larga escala, defina a "Liga da Justiça" que abrigará a transparência e outros super-heróis dos tempos modernos.
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