O lineup da SXSW 2023 é, por si, uma declaração de compromisso público com as causas mais importantes do século, entre elas o pensamento científico, a inclusão e a diversidade. O painel “Unfold The Universe: NASA’s Webb Space Telescope“, que aconteceu na terça-feira (14), juntou tudo no palco.
Quatro astrofísicas da NASA e da Agência Espacial Européia – Knicole Colon, Macarena Garcia Marin, Stefanie Milam e Amber Straughn -, que fazem parte da equipe do Telescópio Espacial James Webb, conversaram com Laura Betz, líder de comunicação do Goddard Space Flight Center, sobre vida, universo e muito mais.
E aproveitaram para revelar no palco a mais recente imagem do Telescópio Espacial James Webb: uma rara estrela Wolf-Rayet que em breve se tornará uma supernova. A Wolf-Rayet, segundo a NASA, está “entre as estrelas mais luminosas, mais massivas e mais rapidamente detectáveis conhecidas”.
O lado emocionante da foto, que empolgou a plateia: a luz dessa imagem viajou pelo espaço por cerca de 15.000 anos-luz, desde a constelação Sagitta, até chegar às lentes poderosas do Webb. Ou seja, quando essa explosão aconteceu, os mamutes andavam pela superfície da Terra.
A poeira em torno da estrela “está se espalhando pelo cosmos e criará planetas”, disse Straughn. O grupo discutiu a importância do investimento na ciência e o impacto que pode ter daqui para frente o conhecimento que virá do Webb. As imagens do Webb, que começaram a ser liberadas em julho de 2022, trouxeram inspiração em um ano tão difícil, disse Straughn. “Astronomia é uma coisa boa. A coisa mais excitante do Webb é a consciência de que há um desconhecido que a gente nem sabe que está lá”.