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Segurança Cibernética: Como superar os desafios internos na era da IA – Parte 2

O fator humano e a escassez de talentos com as skills desejadas estão entre os principais desafios que as empresas enfrentam em segurança cibernética e IA (Crédito: Freepik)

 

A adoção de novas tecnologias em segurança cibernética representa duas vertentes: a possibilidade para a organização avançar e se tornar mais competitiva e a ampliação da superfície de ataque. De acordo com um levantamento de supervisão de segurança cibernética divulgado pela EY nos Estados Unidos, 93% das empresas estão usando a IA Generativa (GenAI) de alguma forma, e muitas relatam que têm planos de “usar a GenAI para melhorar a segurança cibernética, ajudando as empresas a identificar possíveis riscos cibernéticos, detectar vulnerabilidades e violações e priorizar os esforços de segurança cibernética”.

No entanto, as ameaças cibernéticas continuam a crescer. No ano passado, o FBI registrou um aumento de 10% nas reclamações e um aumento de 22% nas perdas sofridas – agora US$ 12,5 bilhões por ano. Quase um terço (32%) desses incidentes envolve algum tipo de esquema de extorsão, como ransomware.

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Os riscos cibernéticos de terceiros também estão crescendo: o levantamento aponta que a dependência de terceiros para ambientes operacionais de TI cada vez mais complexos está expandindo a área de superfície da ameaça. Ao mesmo tempo, as divulgações sobre o uso de um consultor externo independente pela empresa mais do que dobraram, passando de 43% em 2023 para 87% em 2024, e 10% informaram que seus conselhos se envolvem com um consultor.

Principais desafios internos em cibersegurança para empresas

 Para proteger os ativos digitais e informações sensíveis, as organizações enfrentam desafios que começam “dentro de casa”:

Anteriormente, falamos sobre complexidade do ambiente tecnológicoexpansão da superfície de ataque e riscos da cadeia de suprimentos. Agora, vamos tratar dos demais desafios: fator humano, escassez de talentos, integração da cibersegurança nas decisões de negócios, adoção de novas tecnologias e gerenciamento de risco de terceiros. Leia a seguir.



4. Fator humano e adoção de melhores práticas

O erro humano continua sendo um grande facilitador de ataques cibernéticos. Para algumas lideranças de segurança cibernética, talvez o maior. Essa visão nasce da fraca conformidade com as melhores práticas de cibersegurança, juntamente com os dados de uma pesquisa que aponta o departamento de TI como o terceiro maior desafio interno.

Apenas metade dos líderes de cibersegurança diz que seu treinamento cibernético é eficaz, e apenas 36% estão satisfeitos com a adoção de melhores práticas fora da área de TI. Isso levanta questões sobre a eficácia real desse treinamento.

Solução: Treinamento eficaz e integração da cibersegurança na cultura organizacional

Para abordar o fator humano, as organizações devem:

As organizações “Secure Creators” estão mais satisfeitas com a adoção de melhores práticas de cibersegurança do que as empresas menos eficazes. Na comparação, 47% das organizações classificadas como “Secure Creators” estão satisfeitas com suas práticas, contra 27% das demais empresas, indicando que essa abordagem pode trazer resultados positivos.

 


5. Escassez de talentos em cibersegurança

A escassez de talentos em segurança cibernética é um desafio recorrente, com a lacuna da força de trabalho em cibersegurança crescendo mais de duas vezes mais rápido que a força de trabalho cibernética mundial no último ano.

Solução: Abordagem criativa para aquisição e desenvolvimento de talentos

Para enfrentar a escassez de talentos, as organizações “Secure Creators” estão adotando abordagens mais criativas:


6. Integração da cibersegurança nas decisões de negócios

Garantir que a cibersegurança seja integrada nas decisões de negócios em todos os níveis da organização está entre os maiores desafios internos em todas as organizações. Existe uma lacuna de percepção entre os CISOs e a diretoria e board sobre a eficácia da abordagem de cibersegurança da organização, muitas vezes sedimentada em conflitos do passado. Hora de virar a chave.

Solução: Comunicação eficaz e alinhamento estratégico

Para superar esse desafio, as organizações devem:


7. Adoção de novas tecnologias e IA

A rápida adoção de novas tecnologias, especialmente a Inteligência Artificial (IA) e a IA Generativa (GenAI), apresenta novos desafios de segurança cibernética. De acordo com dados da EY, 93% das empresas estão usando GenAI de alguma forma, e muitas organizações planejam usar GenAI para melhorar a cibersegurança. No entanto, o uso crescente de GenAI em todas as funções de negócios está abrindo novas vulnerabilidades que muitas funções cibernéticas não estão posicionadas para dar conta.

Solução: Abraçar proativamente a IA na função cibernética

Para enfrentar esse desafio, as organizações devem:


8. Gerenciamento de riscos de terceiros

Com a crescente dependência das organizações de empresas terceiras, profissionais freelancer e parceiros para preencher as lacunas em ambientes operacionais de TI, a gestão de riscos de terceiros tornou-se um desafio crítico de cibersegurança.

Solução: Avaliação e monitoramento contínuos de riscos de terceiros

Para abordar esse desafio, as organizações devem:

 


SOBRE ESTE CONTEÚDO: A série Ciberinteligência é um projeto conjunto da divisão de cibersegurança da EY em parceria com a The Shift. Com atuação em Assurance, Consulting, Strategy, Tax e Transactions, a EY existe para construir um mundo de negócios melhor, ajudando a criar valor no longo prazo para seus clientes, pessoas e sociedade e gerando confiança nos mercados de capitais. Tendo dados e tecnologia como viabilizadores, equipes diversas da EY em mais de 150 países contribuem para o crescimento, transformação e operação de seus clientes. Saiba mais sobre como geramos valor as empresas por meio da tecnologia.