As cargas de trabalho de Inteligência Artificial estão levando os sistemas de energia além do que os projetos tradicionais foram concebidos para suportar. Metas de tempo de atividade como os “cinco noves” tornaram-se cada vez mais desafiadoras diante da volatilidade e da pressão sobre a infraestrutura elétrica. O que antes bastava para cargas de TI estáveis já não funciona em um ambiente de picos repentinos de demanda e densidades inéditas de energia.
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o consumo global de eletricidade por data centers pode mais que dobrar até 2030, chegando a 945 TWh por ano — equivalente ao uso anual do Japão. A densidade média dos racks já alcança 10–30 kW, de acordo com o Uptime Institute, pressionando ainda mais sistemas de energia e refrigeração.
Workloads de IA criam volatilidade extrema, tornando a resiliência elétrica crítica. Estimativas da Bloom Energy indicam que 30% dos data centers devem adotar geração própria até 2030, frente à lentidão na expansão das redes elétricas e à competição crescente por capacidade.
“Para driblar os problemas da energia crítica, investimos cada vez mais em soluções inovadoras que asseguram energia ininterrupta e mantêm a excelência operacional”, afirma Rodrigo Radaieski, COO da Ascenty. Entre essas soluções estão a redundância elétrica, a flexibilidade operacional e o uso inteligente de energias renováveis combinadas a sistemas avançados de armazenamento.
“Também seguimos as principais diretrizes internacionais de gestão energética. Um exemplo é o certificado ISO 50001, que comprova a implementação de práticas rigorosas de eficiência e governança no uso da energia”, completa.
Um dos diferenciais da Ascenty é a presença de subestações próprias. No campus de São Paulo, a empresa conta com uma planta fotovoltaica com capacidade anual de 14,6 MW. Além disso, sistemas de baterias asseguram minutos preciosos de fornecimento até a entrada dos geradores, em conjunto com UPS (Uninterruptible Power Supply) que garantem continuidade das operações e segurança das transações.
Estudos recentes apontam que 55% dos gestores de data centers já priorizam eficiência energética nos sistemas de armazenamento, enquanto 54% veem a maior densidade de potência como impacto direto da IA (ZincFive, 2025).
A integração com microgrids e o uso de arquiteturas híbridas ampliam a redundância. Pesquisas acadêmicas destacam ainda o papel do grid-forming storage, capaz de estabilizar frequência e tensão mesmo em instabilidades, evitando upgrades caros na infraestrutura elétrica.
O resfriamento também entra no centro da equação. A Ascenty investe em circuitos fechados para resfriamento, por meio de centrais de água gelada com chillers inverter, que ajustam dinamicamente a operação, reduzem consumo e aumentam a eficiência. Além disso, tecnologias emergentes como resfriamento líquido direto ao chip e imersão total dos servidores estão se consolidando para workloads de próxima geração.
Apesar dos avanços, o setor enfrenta obstáculos. O Uptime Institute mostra que, em 2025, o PUE médio global estagnou mesmo com a densidade crescente dos racks. Pesquisadores da Universidade Duke alertam para o impacto ambiental do consumo de água e energia por hyperscalers e defendem maior transparência em relatórios de sustentabilidade.
Conclusão: a nova realidade dos data centers exige resiliência integrada, combinando geração e armazenamento de energia, refrigeração eficiente e governança robusta. A estratégia da Ascenty antecipa esse futuro ao unir redundância elétrica, geração onsite, UPS inteligente e eficiência térmica — garantindo disponibilidade próxima aos “cinco noves” e posicionando-se como referência em sustentabilidade e competitividade.